A Palestina
A localização geográfica
A Palestina era uma estreita faixa de terra ao longo do vale do rio Jordão, que fluía em direção ao Mar Morto. Uma região com clima quente, terra seca e poucas chuvas. Apesar disso, às margens do rio eram abundantes em água, vegetação e terras férteis.
A Palestina se encontrava num local estratégico, pois era a passagem obrigatória entre o Egito e a Mesopotâmia e entre a África e a Ásia.
As condições econômicas e sociais
Algumas tribos semitas migraram para a Palestina e lá se fixaram para cultivar as terras e pastorar gado ovino e caprino que fornecia leite, lã e pele. O cultivo de trigo, oliveira, cevada e figueira não era o suficiente para sustentar a população, além disso, as situações climáticas infelizes prejudicavam ainda mais o povo. O comércio só veio a ter mais importância econômica no auge da opulência dos reis hebraicos.
A base da sociedade hebraica era a família patriarcal, na qual as leis eram fundamentadas na religião e nos costumes. O patriarca era o chefe da família e seu poder era indiscutível, e a poligamia era estabelecida dentro da sociedade. O povo hebreu primitivo não se instituía definitivamente, pois estava sempre em busca de melhores pastagens.
A história política dos hebreus
Os hebreus só foram reconhecidos historicamente quando se instalaram no delta do rio Nilo, onde permaneceram até 1250 a.C., quando um líder chamado de Moisés, os levou de volta a Palestina, dando início ao Êxodo.
Os hebreus decidiram deixar o sistema de patriarcado e se organizaram em 12 tribos que seriam administradas pelos juízes.
O primeiro rei dos hebreus foi Saul, e o auge do seu comando foi durante o combate contra os filisteus que invadiram o território hebraico. Seu sucessor foi Davi que instituiu a capital em Jerusalém, mas foi no período de 966 a 933 a.C que o Estado Hebreu ficou no auge, período este comandado pelo rei Salomão, em que o comércio superou um desenvolvimento considerável, com destaque para o artesanato que tornou-se uma importante atividade econômica.
Em 933 a.C, com a morte de Salomão, as tribos sofreram uma divisão, na qual originou o Reino de Israel formado pelas dez tribos do norte e com a capital em Samaria e o Reino de Judá formado pelas outras duas tribos do sul coma capital em Jerusalém.
O Reino de Judá resistiu e prevaleceu com a sua política neutra em relação aos poderosos vizinhos. Já o Reino de Israel foi tomado pelas tropas assírias comandadas pelo rio Tiglatfalasar III, e somente em 722 a.C foi anexado ao Império Assírio por Sargão II. Porém, com a decadência do Império Assírio o Egito e a Babilônia entraram na disputa pelos territórios que estavam sob o comando dos assírios. Em 587 a.C o rei Nabucodonosor conquistou Jerusalém, graças a uma influência egípcia. Um grande número de hebreus foi condenado à deportação para Babilônia, constituindo o chamado Cativeiro da Babilônia.
Somente em 539 a.C quando Ciro, o rei dos persas, dominou a Babilônia é que os hebreus que estavam cativados na Babilônia puderam retornar à Palestina, porém não reconquistaram a independência, pois o território já estava sob o poder do Império Persa.