Tantos contrastes fizeram com que, em 1971, a área Oriental desse país passasse por um processo de necessidade de independência política. O povo clamava pela instalação da República Democrática de Bangladesh. Em função da área ser próxima ao espaço da Índia, havia um temor geral de que uma revolta acabasse por gerar uma leva de refugiados que inevitavelmente tentariam chegar ao território de Bangladesh. Foi por conta dessa concepção que se tomou as dores do povo naquela área sul asiática.
Em um momento inicial, muita armamento e táticas de treinamento foram apresentados aos soldados da recém inaugurada república na data de 3 de dezembro. Nesta data, uma das bases da Índia acabou sendo combatida e houve respostas imediatas inclusive com rápidas vitórias na área leste de Bangladesh.
Esse estopim acabou desenvolvendo um dos conflitos armados mais fortes da região, com atuação do exercito, marinha e forças aéreas. Mesmo que o povo de Bangladesh tivesse um grupo militar que era classificado como inferior quando comparado ao paquistanês, houve vitória por parte dos indianos com forte atuação e perdas humanas, além dos destroços materiais.
Os indianos conseguiram que os opositores se rendessem em 15 de dezembro. Neste momento, diversas cidades do Paquistão passaram a ser ocupadas e o poderio indiano passou a ser respeitado naquela região.
Resumo:
40 anos depois: país ainda se ressente dos massacres
Um pesquisador holandês que estuda o tema é bastante pertinente na análise atual da uerra de Bangladesh. O nome dele é Willem van Schendel e afirma que “A guerra permanece no centro das atenções porque os principais grupos políticos tentam se legitimar com referências a ela”. Foi o que Schendel escreveu em seu livro “A History of Bangladesh” (2009).
Ele acrescenta que, “como estes grupos tentam lembrar ou esquecer, a guerra tem relevância direta em sua luta pelo poder”.
Atualmente Bangladesh figura como uma nação de elevado ativismo social, com economia voltada para a indústria têxtil. Em termos de espaços geográficos, possui um imenso delta com pastos de fáceis possibilidades de inundação. Com mais de 150 milhões de habitantes, em grande parte de origem muçulmana. O Estado laico ainda sofre grandes impactos extremistas de cunho religioso.