Quais as bases em que se sustenta o capitalismo?
Por Mariana Sousa
Muito se fala em capitalismo. Mas, afinal de contas, o que vem a ser esse sistema que altera a geografia econômica de diferentes países? Os especialistas explicam que o capitalismo é um sistema encravado no viés socioeconômico. Nele, o meio de produção e a mercadoria serão dominados pelo setor privado. Os objetivos do capitalismo estão sempre centrados no máximo lucro, seguido dos acúmulos de riquezas.
A burguesia é quem exclusivamente vai se beneficiar com esse tipo de sistema. Ela é representada pelos donos dos meios produtivos. No caso, os patrões. A classe operária vai manter esse modo de vida burguês, a partir do trabalho que desempenha e que é remunerado via salário.
Além do proletário e do patrão burguês, surge também a figura do marginalizado. Um pedinte, desempregado, que vive abaixo da linha de pobreza. O nome “científico” dado a essas pessoas é o “lúmpen proletários”.
Resumo:
Características centrais
Quando se analisam as características centrais do capitalismo, duas delas estão em evidência: a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. São elas que permitem que o mercado regule e gerencie os rumos da economia de um determinado país que adota o capitalismo como modelo.
No caso da oferta/procura, quando um produto tem ampla disponibilidade, o preço dele tende a cair. Por outro lado, se há falta, o preço tende a subir rapidamente. É claro que há momentos em que essa lei não funciona. Nas páscoa, por exemplo.
Em relação à livre concorrência, as ideias de algumas empresas fazem com que concorrentes do mesmo setor reduzam os preços para ampliar as vendas. O consumidor sempre quer um produto de qualidade, com preço mais acessível. Essas empresas juntas formam o chamado cartel, que inclusive pode ser considerado como um crime. Para disfarçar, há grupos de empresários que fazem fusões entre diferentes marcas. Nos últimos tempos, essa prática inclusive tem sido mais comum, dadas as inconstâncias na economia mundial.
Neoliberais
Os economistas que mais defendem a importância do capitalismo são chamados de neoliberais. Eles acreditam que essas duas características básicas do sistema são muito importantes e acabam sendo marcos regulatórios da economia.
E você deve estar se perguntando: como o capitalismo enxerga o poder público? Eles não veem necessidade de interferência do poder público nas suas próprias questões e até mesmo desejam menor controle da esfera pública na economia.
Diferentes dos economistas neoliberais, existem os economistas sociais-democratas e os keynesianistas que defendem maior interferência do poder público no setor econômico, especialmente por meio de reformas sociais, diversas outras ações públicas e que as empresas estatais inclusive dominem alguns setores.
Depois que a Guerra Fria foi finalizada houve um intenso processo de avanço do capitalismo em diferentes continentes. Foi a chamada era da Globalização. Ela está bastante difundida em todo o mundo, especialmente com o desenvolvimento da tecnologia.Nos países desenvolvidos, tem uma lógica diferenciada. Já nos países em desenvolvimento, começa a ganhar cada vez mais força.