Os principais conceitos de Urbanização
Por Victor Palandi
Segundo um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas), “em 1950, um terço das pessoas do mundo viviam em cidades. Após 50 anos, houve um aumento para 50%, e desde então continuará a crescer até alcançar dois terços, ou 6 bilhões de pessoas, em 2050”.
Os números só comprovam o que todos já sabíamos, que hoje, as cidades são os principais destinos da população. Porém, não foi sempre assim, antes todos viviam no campo e se mantinham nas atividades agrárias e pecuárias, plantando para o próprio consumo e vendendo o “extra”.
Resumo:
O que é a urbanização?
A urbanização é o processo de formação ou de ampliação das áreas urbanas, em contraposição às áreas rurais. Ou seja, fenômeno responsável por fazer com que a população das cidades seja maior que a ocupação no campo.
Dados apontam que a urbanização é consequência à Revolução Industrial, que ocorreu na Europa, a partir do século XVIII. Isso porque com o monopólio das áreas rurais, falta de mão de obra e terra fértil, os camponeses resolveram tentar uma nova vida nos centros, onde havia demanda de trabalho (indústrias).
Um grande número de homens e mulheres migrou do campo para as cidades, atraídos pelas promissoras oportunidades de trabalho nas fábricas, que precisavam de um número crescente de operários para a produção em larga escala, o que provocou uma transformação da economia agrária em indústria mecanizada, resultando em mudanças profundas na sociedade.
Nessa época, houve um aumento exagerado do consumo, e os trabalhadores tinham uma exaustiva jornada de trabalho para atender a demanda. Mulheres grávidas e até crianças eram contratadas por baixíssimos salários e trabalhavam até 12 horas por dia.
Assim, a maioria das pessoas passou a viver nas cidades, o que deu origem a uma região metropolitana, um conjunto de cidades, cuja cidade central e mais importante é chamada de metrópole.
Entre esse conglomerado, nasceram as megalópoles, grandes cidades que possuem muita importância, sendo uma região povoada.
Com tantas pessoas nas cidades, foi fundamental uma expansão de infraestrutura para satisfazer todas as necessidades humanas. Serviços básicos, como investimentos em saúde, saneamento básico, esgoto, entre outros detalhes fundamentais.
O que ninguém esperava é que nos países pobres tal crescimento caótico e desordenado tem como consequências graves problemas sociais, uma vez que a urbanização não é acompanhada por um desenvolvimento infraestrutural. Isso resulta em serviços públicos deficientes, falta de moradias, e por vezes irregulares, origem e aumento de favelas e violência urbana.
Já nos países ricos, a situação é bem diferente. As cidades são modelos para todo o mundo, desde suas políticas sociais, até altos investimentos tecnológicos, como é o caso de Vancouver (Canadá), Londres (Inglaterra) e Paris (França).
Deu para perceber que o processo de urbanização – que aconteceu há muitos anos atrás – foi fundamental para a organização mundial. Hoje, a maioria das pessoas vive nas cidades e jamais imagina como seriam suas vidas nos campos.