O nome Antartica ou Antártida tem sua origem presumida no idioma latim, na palavra antarctĭcus. Já essa última veio do grego ανταρκτικός, que tem como significado literal “oposto ao Ártico”, ou antiártico.
É a maior reserva ambiental do mundo, muito em parte pelo fato de o homem ainda não conhecê-la e explorá-la profundamente.
Esse é o único continente do mundo que é praticamente inabitado. Além disso, se diferencia também por não ter nenhum governo e nem ser de propriedade de nenhuma nação, além de, tampouco, ser dividido em nações. Trata-se de um continente neutro, portanto.
Diversos países do mundo reivindicam domínio sobre algumas áreas, mas nenhuma dessas declarações é aceita pelos membros da comunidade internacional e, portanto, não possuem valor real. Para se ter uma ideia de como o desejo por aquelas terras geladas é grande, somente a região que vai entre 90°W e 150°W não foi reclamada por nenhuma nação.
Para que se tornasse a situação da Antártida mais normatizada, na data de 1 de dezembro de 1959, houve a assinatura do Tratado da Antártida, pelos diversos países que clamam por regiões da Antártica, assumindo um compromisso de não realizar nenhuma atitude para tomar posse das zonas requeridas, por período indefinido. Assim, o que se propõe é que a exploração possa ser feita por qualquer país, como forma de cooperação entre nações do mundo.
O Tratado foi um sucesso e, desde então, todas as reivindicações envolvendo a Antártida foram suspensas, tendo sido o continente, de forma oficial, tido como um local neutro, o que fica bastante claro, nas normas que fazem parte do Sistema do Tratado da Antártida. Inclusive, as deliberações serviram para definir o que seria, de fato, a Antártida. Chegou-se à conclusão de que é todo o território – em terra ou massas de gelo – na região de 60°S.
Esses tratados foram celebrados entre 12 países, como a ex-União Soviética e os EUA. Graças a isso, hoje em dia a Antártida é um espaço de estudo e preservação da ciência e meio ambiente. Exercícios de cunho militar foram totalmente proibidos. Isso ocorreu porque se pretendia ter controle sobre um possível uso de armamento, na época da Guerra Fria.
Tampouco podem ser estabelecidas na região bases e fortificação de fins militares, ou de manobras com tanques, aviões e outros tipos de veículos bélicos. Elementos militares apenas são bem-vindos no continente gelado, se estiverem agindo com finalidade de pesquisas e estudos científicos, ou qualquer outro objetivo pacífico. Positivamente, a única operação militar de que se tem notícia na Antártida foi chamada de Operación 90, realizada pela Argentina, no ano de 1949.
Hoje, são 29 os países com alguma base para finalidade de estudos e pesquisas nessa região, a saber: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bélgica, Bulgária, Chile, China, Coreia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Federação Russa, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido, República Checa, Romênia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.
Resumo:
Problemas na Antártida
Um ponto complexo que tem se revelado, cada vez mais, um desafio para essa região do planeta é o fato de que o buraco da camada de Ozônio se localiza exatamente sobre esse território, compreendendo todo o continente. Esse buraco começou a ser percebido em estudos feitos somente no ano de 1985 e seu aumento tem sido drástico nos anos posteriores.
Tudo isso faz com que a região esteja sofrendo intensamente com os efeitos do aquecimento global, havendo grandes massas de gelo em processo de derretimento, o que faz com que toda a temperatura da Terra sofra aumento. Afinal, a Antártida tem uma importante função reguladora da temperatura planetária.
No ano de 2005, por exemplo, uma parcela de gelo, comparável, em termos de extensão, ao tamanho do Estado norte-americano da Califórnia, se desprendeu do continente.