Aristóteles é um dos nomes mais conhecidos dentro do mundo da filosofia, e também acabou se tornando um dos mais cobrados nas provas. E um dos termos que costuma estar sempre associado a este filósofo é a Metafísica. Muitos não sabem, mas o termo é o nome dado para um conjunto de livros diferente sobre o mesmo assunto, sendo que todos são de autoria do próprio Aristóteles.
Uma das definições mais diretas sobre o assunto pode ser encontrada no quarto livro da série, que diz o seguinte: “Existe uma ciência que considera o ser enquanto ser e as competências que lhe competem enquanto tal. Ela não se identifica com nenhuma das ciências particulares: de fato, nenhuma das outras ciências considera universalmente o ser enquanto ser, mas delimitando uma parte dele, cada uma estuda as características dessa parte.”
Ou seja, a Metafísica será uma área que englobaria todas as outras. Uma outra definição que costuma ser utilizada com uma certa frequência é a seguinte: é o estudo do ser enquanto ser, ou seja, é o estudo das relações de como as coisas são, como elas se organizam racionalmente para além da vontade humana e da existência material do mundo.
Resumo:
Teoria das quatro causas
Um dos assuntos mais importantes dentro da metafísica de Aristóteles é chamado de “Teoria das quatro causas”. Ela é completamente baseada no princípio de causa e efeito, que também pode ser chamada de princípio de causalidade. As quatro causas citadas no livro são as seguintes:
Causa material: diz respeito à matéria da qual algo é feito, como o mármore em uma estátua de mármore, ou a madeira, em uma cadeira de madeira.
Causa formal: é a forma que um determinado objeto ou ser possui. Essa causa também é, de certo modo, a sua definição conceitual, visto que uma cadeira deve possuir a forma de cadeira, e uma estátua de mármore representando um deus grego, como Dionísio, deve ter a forma daquele personagem.
Causa final: como o próprio nome diz, essa causa diz respeito à finalidade ou à razão de existir de um determinado ser ou objeto. Pegando o exemplo da cadeira, a sua causa final é servir como assento.
Causa eficiente: seria aquilo que deu origem a um determinado ser ou objeto, ou seja, a sua causa primeira. No caso da estátua de Dionísio, a causa eficiente seria o escultor. No caso da famosa tela Monalisa, a sua causa eficiente seria o pintor Leonardo da Vinci.