Empirismo: Entenda suas principais características
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Por Rodrigo Duarte
O Empirismo é uma das correntes filosóficas que costumam surgir em questões de filosofia do Exame Nacional do Ensino Médio e que tem suas origens na chamada filosofia aristotélica. O termo, na verdade, acaba já entregando o que pode ser considerado como sua essência, pois advém da palavra grega emperia, que significa experiência.
Dentre os principais nomes que defendiam a corrente e que costumam ser classificados como Empíricos estão Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.
Resumo:
Principais características do empirismo
A principal defesa que o empirismo faz está relacionada ao conhecimento, afirmando que nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática. Dessa forma, os empíricos afirmam que, quanto mais vastas, intensas e ricas as experiências dos humanos, mais amplo e profundo torna-se o conhecimento de uma forma geral.
Tábula rasa
Um dos principais termos que surge no Empirismo foi criado por John Locke: tábula rasa. A tábula era um instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas escreviam na cera com uma espécie de estilete e, qu9ando queriam apagar, bastava raspar ou derreter esse material.
Quando a tábula estava sem inscrições, era chamada de tábula rasa. Esta pode ser comparada a uma folha em branco. Isso significa que o ser humano nasce sem nenhum conhecimento e é preenchido de acordo com as vivências que ele adquire.
Despertar de vários graus
Já o filósofo Hobbes afirma que o conhecimento surge a partir do despertar em vários graus, como a sensação, a percepção, a imaginação, a memória e a experiência. A sensação é o primeiro despertar do conhecimento, que fornece dados para a percepção. A percepção, por sua vez, ativa a imaginação (somente imaginamos aquilo que podemos, de algum modo, conhecer na prática). Tudo isso fornece dados que podem ativar a memória, e o acúmulo de memória constitui o conjunto de saberes denominado experiência.
Contraponto ao racionalismo
O empirismo também acaba se colocando como um contraponto ao racionalista, que defende que o conhecimento é feito de ideias que já estão inseridas na intelectualidade humana. Para os empiristas, as ideias somente podem ser obtidas via obtenção de instituições que advêm dos sentidos do corpo e da experiência.