Elipse é a omissão de um termo ou de uma oração inteira, sendo que essa omissão geralmente fica subentendida pelo contexto.
Observe: Como estávamos com pressa, preferi não entrar. Nessa frase, houve a omissão dos pronomes nós e eu, sujeitos, respectivamente, de “estávamos” e “preferi”. Essa omissão não dificulta a compreensão da frase, já que os verbos flexionados indicam as pessoas a que se referem
Veja outros exemplos:
Sobre a mesa, apenas um copo d’ água e uma maçã
Neste exemplo, há a omissão do verbo haver. Completa, a oração ficaria: "Sobre a mesa, havia apenas um copo d’ água e uma maçã" . A elipse do verbo em nada altera o conteúdo da oração, que se torna por sua vez mais sintética e econômica.
"Veio sem pinturas, um vestido leve, sandália coloridas." (Rubem Braga)
Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”(Antônio Olavo Pereira)
(Tão bom seria se ela estivesse viva para me ver assim.)
ZEUGMA
Trata-se de um caso especial de elipse, quando o termo omitido já tiver sido expresso anteriormente.
Observe:
Os rapazes entraram com tamanha algazarra que quebraram o vidro da porta.
Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para você .
( = … e eu chuto para você.)
No segundo exemplo, o verbo omitido deve, se expresso, concordar com o sujeito eu. Era "chuta", na 3º pessoa do singular; passa a ser “chuto” , na ª pessoa do singular. Em geral, os zeugmas são uma elipse e um termo que é uma forma flexionada de um termo que já apareceu.
“Foi saqueada a vila, e assassinados os partidários dos Filipes.” (Camilo Castelo Branco)
Se formos expressar o que foi omitido, teremos que utilizar a forma verbal “foram” – “e foram assassinados os partidários do rei" .
Precisarei de vários ajudantes., De um que seja capaz de fazer a instalação elétrica e de outro para parte hidráulica pelo menos.
Houve a omissão do termo "ajudante" – "De u (ajudante) que seja capaz .. e de outro (ajudante) para a parte hidráulica . Observe que anteriormente havia a ar sido a forma plural ajudantes" .