8. O peronismo
Durante o final do século XIX e início do século XX, a Argentina era o país da América Latina mais evoluido economicamente. O país era governado por um Estado Liberal na qual o poder era exercido por convenção entre os grandes proprietários de estâncias e pela burguesia financeira.
O crescimento econômico da Argentina estava ligado à exportação de produtos agrários, e isso gerou um sistema de modernização com o desenvolvimento das ferrovias e de redes de comunicação, para fazer ligação com o mercado interno, isso ampliou o número de trabalhadores.
A Argentina se considerava um país extremamente europerizado, e com isso marginalizava as classes mestiças de índios e brancos, bem como atraiam os imigrantes europeus, até que em 1890 a Argentina era um legítimo país de brancos.
Nesta mesma década, o país passava por uma crise bastante agitada e carcterizada por grandes revoltas, o que desencadeou a criação da União Cívica Radical.
A partir de 1914, foi feita uma reforma no processo eleitoral, foi instituído o voto secreto e obrigatório para homens. Esta reforma favoreceu a vitória do grupo social nas eleições de 1916, Hipólito Irigoyen foi o primeiro presidente eleito nos moldes democráticos. Durante o seu segundo mandato, o governo de Irigoyen sofreu com crise de 1929 que derrubou a economia argentina, e diante da sua postura antinorte-americana, considerando a severa relação entre os dois países, Irigoyen é derrubado do poder.
Em 1930 ocorreu um golpe militar influenciado pelo fascismo, e por este motivo a presidência foi ocupada por um pacto partidário conhecido como Concordância até início da década de 40, um período caracterizado por violências e fraudes eleitorais.