11. A democracia na América Latina
No século XIX, na América Latina a democracia sempre foi uma realidade inexistente, pois as elites latino-americanas eram sempre predominantes, ou seja, a participação popular era limitada.
Como exemplo temos o Brasil, onde a democracia praticamente se escondia, por isso era habitual que os conflitos ocorridos após a independência envolvessem apenas a elite caracterizada como liberal e conservadora.
As decisões em relação á forma de Estado (unitário ou descentralizado) e à forma de governo (república ou monarquia) só eram discutidas entre as classes dominantes.
É importante lembrar que na América Latina permaneciam os vínculos sólidos de dominação que eram fundamentados principalmente no poder opressor dos latifúndios centrado em apenas um indivíduo, que sempre eram os grandes proprietários.
Além disso, a participação política, o privilégio de eleger um candidato e até mesmo de se eleger para um cargo político estava diretamente relacionada com a situação econômica de cada indivíduo. Como grande parte da população vivia em situação de pobreza, essa classe era marginalizada e o processo eleitoral envolvia apenas os cidadãos mais poderosos e com capacidade financeiras estáveis.