Crise do Sistema Colonial
Por Redação
04. EDUCAÇÃO
Com a expulsão dos jesuítas do Reino e da Colônia, Pombal determinou que a educação (até então sob cargo da Igreja Católica) passasse a ser transmitida por professores leigos contratados e pagos pelo Estado para lecionar nas escolas régias.
Pombal fez uma revolução na Universidade de Coimbra, introduzindo os estudos das Ciências Exatas e Naturais e aprimorando os estudos das Ciências Jurídicas.
05. A QUEDA DE POMBAL
Em 1777, com a morte de D. José I, subiu ao trono Dona Maria I, que afastou o Marquês de Pombal do governo. A queda do ministro foi comemorada por todos os opositores que, finalmente, podiam voltar ao poder.
O governo da Metrópole suspendeu o monopólio das companhias de comércio e baixou um alvará proibindo a produção manufatureira da Colônia (com exceção do fabrico de tecidos grosseiros para uso dos escravos).
Essas decisões aumentaram o descontentamento dos luso-brasileiros ante a dominação da Coroa.
CRISE DO SISTEMA COLONIAL (Séc. XVII – XVIII)
01. MOVIMENTOS NATIVISTAS
Rebeliões coloniais que ocorreram na segunda metade do século XVII e na primeira metade do século XVIII, com tendências localizadas. Não contestavam o sistema colonial e nem pretendiam a libertação da colônia. As principais revoltas desse período foram:
a) Revolta de Beckman (1684):
Os religiosos da Companhia de Jesus dominavam a situação política na região, proibindo a escravização dos índios. Em 1682, o governo português, a fim de contornar a situação causada pelos jesuítas, criou a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, que se encarregara de abastecer a região com pelo menos 500 negros africanos, fato não cumprido. Os escravos africanos não foram trazidos para o Maranhão em número suficiente, e os gêneros alimentícios negociados pela companhia, além de muito caros, não eram de boa qualidade.
Revoltaram-se contra tal situação os fazendeiros (colonos), chefiados por Manuel Beckman, fazendeiro muito rico e respeitado na região. Os revoltosos expulsaram os jesuítas, declararam deposto o governador e extinta a Companhia de Comércio.Manuel Beckman governou o Maranhão durante um certo período, até a chegada de uma frota portuguesa sob o comando de Gomes Freire de Andrada. Manuel Beckman foi, então, preso e enforcado.
b) Guerra dos Mascates (1710):
A Guerra dos Mascates foi um movimento de caráter regionalista desencadeado pelos seguintes fatores:
1) Decadência da atividade agroindustrial açucareira em virtude da concorrência internacional.
2) Desenvolvimento comercial e urbano em Pernambuco.
3) elevação do povoado de Recife à categoria de vila.
Com a decadência do açúcar, a situação dos poderosos senhores de engenho de Pernambuco sofreu grandes modificações. Empobrecidos, os fazendeiros de Olinda eram obrigados a endividar-se com os comerciantes portugueses do Recife. Os olindenses chamavam os recifenses de “mascates”. Os recifenses, por sua vez, designavam os habitantes de Olinda pelo apelido de “pés-rapados”.
Em 1709, o rei D. João V elevou o povoado de Recife a categoria de vila, desagradando os habitantes de Olinda, a vila mais antiga da Capitania.
O confronto entre Olinda e Recife prosseguiu até a chegada de um novo governador (nomeado pelo rei), que prendeu e enviou para Lisboa os principais implicados na revolta, além de confiscar-lhes os bens. A luta chegou ao fim, e Recife foi confirmada como vila e capital da Capitania de Pernambuco.