Uma grande parte da população brasileira é contra as cotas raciais nos processos de seleção. Ao menos é o que aponta uma pesquisa realizada recentemente, onde segundo o levantamento, somente 42% das pessoas entrevistadas dizem concordar com reserva de parte das vagas em instituições de ensino públicas para negros, pardos e indígenas.
Mesmo sendo polêmico, este sistema é uma realidade no Brasil, a primeira instituição a ter adotado este modelo foi a UnB no ano de 2014. Aos pouca esta política se tornou lei federal puxando esta tendência, até que neste ano, o assunto acabou voltando a ser o centro das atenções com o anúncio de que a USP e a Unicamp, também deverá introduzir esta política. Conforme divulgação das próprias instituições, na USP ela começa a valer a partir de 2018 e na Unicamp, apenas a partir de 2019.
Por isso abordar o tema na sala de aula é tão importante, veja como abordar sobre o assunto.
Resumo:
Deixe sempre o espaço aberto para um debate sadio
Nesta opinião, tanto os educadores como os militantes ligados ao movimento negro, é interessante investir tempo de aula para uma discussão desta questão. Não é nada fácil falar das cotas, pois mexe com a identidade dos alunos, gerando disputas de espaços.
Além disto os alunos precisam ser motivados para fazer um exercício de empatia, e assim se tornar mais acessível a informação.
O racismo também deve ser abordado sempre, fazendo parte da discussão, por isso é interessante apresentar pesquisas e estatísticas que possam demonstrar os problemas que a população negra possa enfrentar no Brasil.
Além disto procure fazer conexões com a história e a cultura afro-brasileiras, com conceitos que podem aparecer em conversas da própria história, língua portuguesa e geografia, gerando uma visão ampla sobre diversos aspectos de trajetória dos negros no Brasil.
Sempre que possível procure por referências
Traga também à sala de aula materiais diversificados e procure por informações de questões étnicas e raciais elevando assim a qualidade da discussão.
Fonte: Nova Escola