A Psicomotricidade estuda os homens a partir da movimentação dos seus corpos. E como esse movimento corporal se dá em relação às questões internas e externas. É uma ciência que se relaciona com o processo de amadurecimento do corpo humano. Isso porque é no corpo que vão surgindo diferentes aquisições: cognitiva, afetiva, orgânica. Dessa forma, haverá movimentos, aspectos do intelecto e afetos a serem desenvolvidos. A Psicomotricidade cumpre a função de integrá-los de forma organizada.
No Brasil, muitos estudos e esclarecimentos sobre o tema podem ser visualizados a partir do trabalho da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade.
Na definição de um pesquisador do tema, a Psicomotricidade está baseada em uma forma de conceber o indivíduo de forma única, com seus elementos cognitivos, sensiomotores e psíquicos. Essa concepção vai fazer com que a pessoa possa ser compreendida na capacidade de ser e de se expressar com seus movimentos corporais em contextos psicossociais. Dessa forma, a constituição da Psicomotricidade se dá a partir do conhecimento psicológico, fisiológico, antropológico e relacional. Juntos, eles permitirão que o corpo seja mediador de todos eles na relação com os demais seres e objetos.
Por buscar compreender os aspecto do homem em seu formato integral, a Psicomotricidade recolhe e aceita conceitos de outras ciências como a biologia, psicologia, psicanálise, sociologia, linguística, enfim… Para Jean Claude, o homem é seu corpo. Em sua transdiciplinaridade a Psicomotricidade se atém ao psiquismo e a motricidade.
Resumo:
Psicomotricidade enquanto processo educativo
A Psicomotricidade é muito desenvolvida no universo infantil da educação. De acordo com especialistas, existem linhas de atuação educativas, reeducativas, terapêuticas, relacionais, aquáticas e estudos em curso sobre o processo. Conheça um pouco sobre a incidência dos desajustes relacionados às falhas na Psicomotricidade:
Corporal: dispraxias, desarmonias no aspecto tônico-emocional, instabilidades na postura, perturbação relacionada ao esquema corporal e de lateralidade, formas de estruturação do espaço e do tempo, imagem corporal com oscilações perturbadoras, fragilidades psicossomáticas.
Relacional: falhas e deficiências na comunicação e contatos, traços de inibição ou hiperatividade, aspectos de agressividade, noções de limite e afetividade.
Educativa: na escola, percebe-se claramente as dificuldades de aprendizagem e o desconexo perfil com relação às práticas coordenativas.
Aquática: quando se observam dificuldades físico-afetivas no espaço aquático, o que gera contenções do corpo que se relaciona com esse espaço.
De acordo com os estudiosos, todo o trabalho desenvolvido na educação infantil é de essencial importância para que na fase adulta o indivíduo possa usufruir desses benefícios. Por esse motivo muitas escolas seguem uma linha bem sistematizada e explora diferentes brincadeiras e exercícios para trabalhar a integralidade corporal da criança em conjunto com suas capacidades cognitivas de aprendizagem.