Como o professor pode lidar com crianças que se automutilam?
Esta preocupante situação está cada vez mais frequente entre adolescentes, e a escola precisa ter um olhar atento e acolhedor sobre quem pratica este tipo de ação.
Por Rodrigo Duarte
Geralmente a incapacidade de lidar com os próprios sentimentos reflete-se nas marcas do corpo. Este tipo de sofrimento poderá estar associado a uma dificuldade ou mesmo situação onde os estudantes estão passando na escola. Entre as principais vias de prevenção temos as relações a manutenção de bem estar psicológico, os cuidados com o clima escolar, estímulo de autoconhecimento e criação de estratégias que possam facilitar o diálogo sobre as emoções, estes que são caminhos bem sucedidos para a prevenção.
Os praticantes de automutilação, também conhecidos como cutting, podem também ser ou ter sido por longos períodos alvos de bullyng, bem como abordagens relacionadas ao tema e atividades que possam melhorar a auto estima, o que poderá ajudar de forma significativa na prevenção do problema.
Ao descobrir que o aluno se corta, o primeiro passo é procurar manter a calma, é importante ter uma atitude relevante e acolhedora para entender de onde está partindo o comportamento, já que uma reação excessiva poderá fazer a pessoa se sentir ainda mais sozinha. Antes que ocorra uma preocupação com o que dizer, é importante que se escute de forma ativa e sem julgamentos.
Mesmo que não ocorra uma situação de transtorno psiquiátrico, normalmente existe uma tristeza envolvida, e o educador precisa contar com uma grande sensibilidade ao procurar saber o que acontece com o jovem, e uma pergunta importante é relacionada ao fato do jovem ter pensamentos suicidas.
O processo de empatia é sempre muito importante para que estudantes possam se sentir confortáveis para compartilhar como se sentem, e o que está ocorrendo. Os pais precisam ser comunicados da situação somente quando existir risco para a saúde ou vida do jovem, ou ainda quando existe autorização para evitar quebrar elos de confiança.