Mesmo com mais diplomas, mulheres ganham salários menores
Pesquisa mostra também que elas acabam tendo mais dificuldade para conseguir vagas de emprego.
Por Rodrigo Duarte
As mulheres são as grandes campeãs quando o assunto é quantidade de diploma de ensino superior quando comparada com os homens. Mesmo com maior capacitação, elas ainda encontram sérias dificuldades em relação aos seus ganhos salariais e também em relação a participação no mercado de trabalho como um todo.
De acordo com as informações que constam em uma pesquisa publicada recentemente, chamada “Panorama da educação 2018”, 50% das mulheres entre 25 e 34 anos, entre esses países, possuíam um diploma universitário, contra 38% dos homens. Essa diferença, inclusive, vem aumentando, destaca a organização. Em 2007, 38% das mulheres tinham formação universitária, ante 30% dos homens.
A pesquisa foi feita em OCDE em 36 países, sendo que a maioria das nações que fazem parte da pesquisa são desenvolvidas. O Brasil acabou não entrando nesta pesquisa.
Mesmo mostrando elas na dianteira quando o assunto é educação de nível superior, elas seguem sendo penalizadas no mercado de trabalho: a OCDE estima que 80% das diplomadas trabalhem, enquanto entre os homens esse percentual é de 89%. Além disso, essas mulheres ganham, em média, 26% menos que seus pares masculinos.
O estudo também afirma que essa disparidade pode ser resultado da maior probabilidade entre as mulheres de “passar por períodos de inatividade ou de desemprego, que podem retardar aumentos de salário”.
Uma pesquisa de 2017 sobre este mesmo assunto no mercado brasileiro mostram que 20% das mulheres que estão entre 25 e 34 anos de idade tinham diploma de ensino superior, já o percentual entre os homens da mesma idade era de 14%. A diferença acabou crescendo também em relação ao ano de 2007, quando as taxas eram de 2% e 8% entre mulheres e homens, respectivamente