5. França
Luís Felipe assumiu o trono da França através da revolução de 1830. Seu principal objetivo era conciliar a Revolução com o Antigo Regime. Era evidente a oposição popular ao regime.
O Partido Socialista era contrário ao governo, e trazia propostas de reformas. Em 1847, os líderes do socialismo, Louis Blanc, Flocon e Ledru-Rollin, iniciaram uma campanha propondo a reforma eleitoral. A campanha espalhou-se por todo o país através de banquetes, onde os oradores realizavam debates sobre a questão.
Em fevereiro de 1847, o banquete foi proibido pelo ministro Guizot. Uma grande revolta foi armada, e Guizot foi deposto sendo substituído por Thiers, mas nada adiantou. Houve uma invasão na Câmara, com a fuga dos deputados. Luís Felipe renunciou.
O governo provisório, formado pelos burgueses liberais e socialistas, foi organizado, o qual proclamou a Segunda República da França.
No dia 23 de abril de 1847, aconteceu pela primeira vez na Europa uma eleição com voto universal masculino, direto e secreto.
No entanto, a crise econômica não foi superada, e sim agravada. O governo provisório criou oficinas nacionais para gerar empregos, tais oficinas eram dirigidas e sustentadas pelo Estado. Para pagar os salários, houve um aumento nos impostos, revertendo numa crise mais grave.
Com o fechamento das oficinas, o proletariado se revolta, organizando uma revolução dentro da revolução. A Assembléia incumbiu o general republicano Cavaignac de poderes excepcionais, que reprimiu a revolta de forma violenta. O resultado foi milhares de mortes e milhares de pessoas deportadas. A questão operária foi solucionada de acordo com os interesses da burguesia.
No dia 12 de novembro de 1848, foi promulgada uma nova Constituição, na qual o presidente da República seria eleito por quatro anos. O primeiro presidente eleito foi Luís Napoleão, que em 1851 deu um golpe político, estabelecendo o Império da França, e assumindo o governo intitulado como Napoleão III.