Saiba qual foi o 1º livro oficialmente proibido da história
Ao longo da evolução humana, essa seria uma prática adotada costumeiramente.
Por Rodrigo Duarte
Os livros sempre foram considerados como importantes plataformas difusoras de ideias e de conhecimento. Mas nem sempre os escritos eram considerados bem-vindos. Ao longo da história da humanidade tivemos diversos casos nos quais livros eram simplesmente proibidos e destruídos.
Mas a primeira vez que isso aconteceu de forma oficial, de acordo com os registros históricos mais antigos sobre o assunto, foi no ano de 1630. O livro era chamado de New English Canaan, escrito pelo advogado e escritor Thomas Morton. O conteúdo basicamente denunciava, de forma severa e herética, os costumes puritanos.
O escritor nasceu no ano de 1579, em Devon, na Inglaterra, em uma família considerada muito conversadora de educação anglicana e que pertencia a nobreza. Ele dedicou boa parte da sua vida para os estudos das colônias europeias, focando no estilo atmosférico “Old English”, considerado dedicado ao paganismo por muitos integrantes do puritanismo. Rapidamente o escritor ganhou uma fama ligada a termos como libertinagem e ilegalidade.
Morton afirmava que os nativos americanos tinham uma cultura mais “civilizada e humanitária” que a dos vizinhos europeus, exaltando uma formal liberal do cristianismo que supostamente envolvia relações sexuais imorais com mulheres nativas, orgias com bebida em homenagem a Baco e Afrodite e a exaltação em meio a uma colônia que surgia como uma das mais prósperas na Nova Inglaterra: Merrymount.
O livro acabou sendo lançado como se fosse uma síntese de tudo o que ele acreditava. Acabou sendo considerado como um conjunto de escritos que tinha basicamente como finalidade ofender os grupos religiosos ingleses.
O livro foi lançado em três volumes, e rapidamente o escrito acabou sendo considerado como impróprio para a sociedade daquela época e banido da Nova Inglaterra. O escritor foi acusado de ser um “agitador” monarquista. Mas seus acusadores não encontraram evidências concretas para incriminá-lo de qualquer coisa.
Terminou a sua vida trabalhando em plantações no Maine, falecendo aos 71 anos de idade.