Rios sofrem com processos de assoreamento
Por Mariana Sousa
, atualizado em
Quando se discute a crise hidrológica no Brasil, muito se fala sobre a economia da água. Mas, antes de economizar esse precioso líquido devemos ter em mente que os reservatórios devem ser preservados. Afinal, nosso país é “gigantemente” bem beneficiado pela presença da água. O que ocorre é não sabermos preservar essas fontes.
Muitos dos rios brasileiros, ao passo que o desenvolvimento foi chegando às cidades, acabaram sendo tratados como não mais necessários. Até mesmo nos espaços rurais que passaram a ter água mecanizada, a população “descartou” a importância do rio. E o que aconteceu? Alguns desses ricos espaços estão sendo destruídos e abandonados ao descaso.
O assoreamento dos rios é um grave problema, pois é justamente um processo de alteração que pode levar à extinção desse elemento essencial ao desenvolvimento das espécies. Sim, não apenas os animais são extintos.
O assoreamento acontece por conta de um outro fator chamado de sedimento. Eles representam as várias partículas de rochas que passaram por processo de decomposição quase chegando ao estado de pó. Podem vir das regiões de terra ou arenosas. Quando as rochas passam por esse processo de sedimentação, levam tais materiais para os rios. É uma ação natural que ocorre pela água ou pelo vento.
Todo esse material acaba ficando acumulado no fundo do rio. É como se os rios estivessem cheios de terra. Isso pode levar ao desvio do curso do rio, à formação de bancos de areia e várias outras alterações.
Resumo:
Como evitar o assoreamento?
Os assoreamentos naturais têm acontecido a passos lentos. A grande dificuldade é que os humanos também estão interferindo para que isso ocorra com cada vez mais frequência. Isso acontece, por exemplo, quando há desmatamento nas regiões próximas aos rios. Uma mata próxima a uma margem de rio está segurando e fixando o solo. Assim, evita que a água da chuva e do próprio rio passe por processos erosivos. Se essa mata é retirada do local, o solo fica totalmente desprotegido. Assim, a erosão leva a cada vez mais processos de impactos ambientais.
As consequências vão ser diversas: desde bancos de areia até alterações nas rotas dos rios. Quando isso ocorre, muda-se o volume da água e até mesmo a sua força. Daí o surgimento de enchentes e prejuízos às próprias cidades.
Mudar o conceito de preservação é compreender que não se pode esperar apenas pela disposição do poder público. A população precisa chegar aos espaços de reivindicação e cobrar a devida atenção pela proteção desses importantes espaços de saúde vital. Além disso, a própria comunidade deve se organizar para preservar a margem de um rio, não permitir o despejo de lixo e cuidar para que a população que vive na região também não seja prejudicada.
E você, sabe de alguma experiência que deu certo na recuperação de um rio? Compartilhe conosco. Transmitir tais conhecimentos é importante para que outras pessoas também possam se inspirar nas boas práticas!