Com os frequentes ataques e atrocidades cometidos pelo Estado Islâmico, o termo “jihadistas” tem aparecido muito na mídia.
Porém, a palavra ainda não é muito bem entendida pela população. Basicamente, os jihadistas são aqueles adeptos à ideologia chamada de jihadismo, que inclui grupos como a Al-Qaeda e suas ramificações.
Resumo:
O que é jihad
Por ser algo de certa forma muito distante da realidade Ocidental, muitas vezes o termo é utilizado sem muito critério pela mídia.
Traduzindo do árabe, jihad significa “esforço” ou “luta”. Dentro do islã – que é uma religião – a palavra pode representar o esforço de um indivíduo para construir e manter uma boa sociedade muçulmana e até uma guerra contra aqueles são infiéis, em nome da fé.
É preciso diferenciar jihadistas e muçulmanos
O termo “jihadistas” é utilizado basicamente para fazer a diferenciação entre muçulmanos sunitas violentos e não violentos.
Enquanto muçulmanos têm o objetivo de organizar todo o governo e toda a nação seguindo os preceitos da lei islâmica, conhecida como sharia, os jihadistas seguem a máxima de que a luta violenta é necessária para defender a comunidade muçulmana.
Ou seja, apenas por meio da violência a lei de Deus seria reestabelecida e a nação se veria livre de infiéis. Para eles, a jihad – explicada acima – é uma obrigação coletiva e também individual, que deve ser cumprida por todos os muçulmanos.
Quais são os seus objetivos
O grande objetivo desse grupo em questão é expandir o islã para o mundo. Porém, dentro desse grande objetivo, há também algumas metas menores que são comuns a todos os jihadistas.
Entre eles estão a criação de um Estado Islâmico. Ou seja, a mudança da organização política e social do Estado. Outro objetivo seria a defesa da nação contra ameaças externas não muçulmanas, entre elas o Ocidente.
Eles também buscam a correção do comportamento moral de outros muçulmanos. Ou seja, utilizam a violência e atacam pessoas em nome da moral e da fé. Isso inclui marginalizar e escravizar outros grupos muçulmanos.
Para eles, a violência é justificada da seguinte maneira: os jihadistas dividem o mundo em “reino do islã”, terras sob a lei muçulmana e “reino da guerra”. Nesse último, pelo fato de as pessoas não seguirem as leis muçulmanas, a guerra pela fé é permitida pela região.
Algumas das atrocidades cometidas
A lista é enorme, mas algumas atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico ganharam a mídia pela crueldade e pela brutalidade.
Entre elas estão o recente atentado em Paris, que resultou na morte de mais de 100 civis. Além disso, atribui-se ao grupo execuções cruéis, como crucificações expostas em praças públicas e ataques a locais como mercados e escolas com a intenção de eliminar o máximo de civis possível.
Mais do que isso, o grupo é responsável pela mutilação genital de mulheres, sequestros, perseguições de líderes religiosos fora do islã, estupro e violência de milhares de mulheres e exposição online de pessoas crucificadas e decapitadas como forma de espalhar o terror na internet.