Em geral, uma universidade é uma instituição de ensino superior, pluridisciplinar, que tem por objetivo formar quadros de profissionais que podem atuar no mercado formal de trabalho, em pesquisa, e como professores na própria academia, trabalhando com as mais variadas formas de estudo do saber humano.
Uma Universidade também pode promover, além da já citada graduação, pós-graduação a seus alunos. Tratam-se de ambientes que apresentam modos independentes de execução de finalidades educacionais, desde que não firam princípios da constituição em vigor, em um país.
Se pensarmos na concepção contemporânea e ocidental de uma Universidade, a mais antiga do mundo seria a Universidade de Bolonha, na Itália, ao norte. Foi criada ainda no século XI, no ano de 1088, exatamente no momento em que todo o ensino do país se libertou da tradição das escolas religiosas. As primeiras instituições europeias de ensino superior, que surgiram na Idade Média, eram especializadas no estudo de direito, medicina e teologia.
Recuando um pouco mais na História, se pensarmos nas origens mais antigas do que viria a se tornar uma Universidade, podemos pensar na época helênica, quando, no ano de 387 antes de Cristo, o grande filósofo Platão, da Grécia, cria a Academia, localizada nos arredores de Atenas, no bosque de Academos. Nesse local, os estudantes tinham acesso a cursos de filosofia, matemática e também ginástica – segundo o princípio “mens sana in corpore sano”, ou mente sã em corpo são. Embora distantes do conceito moderno de Universidade, já era um local de formação intelectual, com a diferença de que os filósofos fundavam cada um o seu local próprio, para transmitir seu conhecimento de mundo, sem direito a debates, como ocorre na atualidade, em um curso superior.
Saindo de uma visão eurocêntrica a qual fomos acostumados e passando a incluir também a cultura riquíssima – e avançada – do oriente, havia diversas Universidades em todo o mundo islâmico e hindu. Em termos absolutos, as três primeiras Universidades da história estão no hemisfério oriental. São elas:
Resumo:
Universidade de Al-Karaouine
Localizada no Marrocos, mais precisamente na região de Fes, seu surgimento se deu como uma Madrasah – um tipo de escola, que poderia ser secular ou religiosa -, criada em 859 depois de Cristo. Foi fundada por uma mulher: Fatima al-Fihri e chegou a alcançar fama mundial, por conta dos profundos estudos acerca das ciências naturais. Somente mais de 10 séculos depois, em 1957, essa Universidade começou a ministrar graduações em matemática, física, química e línguas estrangeiras;
Universidade Al-Azhar
Localizada no Cairo, capital do Egito é a segunda mais antiga instituição. Criada no ano de 998 d.C., por ordem do vizir Yaqub, com o objetivo de que o califa Aziz desse aulas e alimento para 36 alunos da região. O foco em Al-Azhar era a Teologia e procurava conciliar fé e ciência. Foi capaz de atrair muitos mestres e alunos de todas as partes do mundo islâmico;
Universidade Nizamyya
Esta rede de instituições, foi criada por Khwaja Nizam al-Mulk, no século 11, na região atualmente pertencente ao Irã. A faculdade de maior destaque, dentro do complexo, é a Al-Nizamiyya of Baghdad, de 1065. Segundo indícios, acredita-se que todas as faculdades de Nizamiyya foram uma espécie de padrão a ser seguido para instituições de ensino criadas posteriormente nessa região.
Uma curiosidade é a que todas as três Universidades ainda se encontram em funcionamento. Além disso, a já citada Universidade de Bolonha seria apenas a quarta colocada nesse ranking.