Quais os riscos de mexer nas águas-vivas?
Por Mariana Sousa
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Você já deve ter ouvido falar dos riscos que se corre quando nos aproximamos das águas-vivas. Afinal, qual o grande perigo? A água-viva é um animal que possui corpo gelatinoso. Ela é de aspecto transparente. Trata-se de um atípico animal invertebrado que pertence às espécies dos cnidários. Quando acuada ou aproximada do corpo humano ou mesmo de outros animais, pode causar perigosos acidentes. Esse tipo de problema existe em praias do Brasil e de todo o planeta.
A água-viva tem um corpo que mais se parece com um guarda-chuva. Ela vai apresentar uma boca na região inferior. Esses lábios são marginados por tentáculos. Cada tentáculo vai ajudar a água-viva na captura dos alimentos e até mesmo em sua própria defesa. Também é importante esclarecer que alguns tipos de água-viva podem ter tentáculos que chegam a possuir até quatro metros.
Resumo:
Onde vivem
A água-viva possui um aspecto de medusa e nada livremente pelos mares. As marés são responsáveis por carregá-las tanto quanto os ventos. Em termos ecológicos, a importância da água-viva está associada ao fato dela representar um importante papel para a alimentação dos animais marinhos. Assim, são ingeridas principalmente por tartarugas marinhas. A água-viva possui um tipo de célula que vai produzir substâncias tóxicas. É assim que ela consegue chegar até suas presas. Esse líquido nocivo vai provocar dor intensa nos animais que forem atingidos. É um tipo de substância urticante chamada de nematocisto. Ficam alojados nos tentáculos.
Se um humano, por exemplo, tiver contato com essa substância ele não vai apenas sentir dor. Haverá sintomas como vômito, dor de cabeça e na região abdominal, a garganta ficará constrita, dentre momentos de paralisia. Em alguns, as convulsões, câimbras, insuficiência respiratória e arritmias cardíacas serão acentuadas. A pele apresentará várias bolhas, edemas vesiculares e necroses. A cicatriz em decorrência do contato com a água-viva pode ser permanente.
O que fazer quando se tem contato com as águas-vivas? O local deve ser lavado com bastante água do mar. Assim, retira-se o nematocisto. Não deve ser usado álcool ou água doce. Eles não conseguem tirar os efeitos tóxicos do ataque. Compressas de vinagre devem ser aplicadas no local para que as células urticantes sejam removidas.
As espécies de águas-vivas no Brasil não são muito perigosas. Mas, todo o cuidado é pouco em contato com essas pequenas medusas. Casos de dificuldade na respiração ou mal-estar devem ser agilmente apresentados ao médico. Se você sabe que o local está com presença de água-viva, não entre. Ao encontrar alguma espécie que foi atacada, não toque no corpo do animal.