Uma nova pesquisa realizada pela British Antarctic Survey (BAS), publicado nesta segunda-feira (10) na revista Nature Climate Change, confirma uma previsão que os pesquisadores já fazem há um bom tempo. Até o ano de 2035, todo o gelo que pode ser encontrado no mar do Ártico vai derreter.
A pesquisa se utilizou de um modelo climático chamado Hadley Center, desenvolvido pelo UK Met Office, serviço britânico de meteorologia. Durante o estudo, uma pesquisa internacional de pesquisadores pôde comparar as condições do gelo do mar Ártico de milhares de anos atrás com os dias atuais.
Durante a primavera e o início do verão, piscinas rasas de água se formam na superfície das águas geladas do Polo Norte. Elas são importantes para saber a quantidade de luz solar que é absorvida pelo gelo e quanto essa luz é refletida de volta para o espaço.
Utilizando o modelo climático escolhido para observar o gelo marinho do Ártico durante o período chamado de interglacial, a equipe concluiu que o impacto que o sol da primavera cria em muitos lagos desempenham um papel crucial no derretimento. Todos os dados foram colocados no sistema, que cravou a previsão do desaparecimento do gelo no Ártico até 2035.
“Os avanços feitos na modelagem climática significam que podemos criar uma simulação mais precisa do clima anterior da Terra, o que, por sua vez, nos dá maior confiança nas previsões do modelo para o futuro” disse, em nota, Maria Vittoria Guarino, principal autora da investigação.
Os pesquisadores alertam também que o fato deve ser encarado como um problema de impacto global e que o derretimento do gelo é um fato irrefutável que comprova o aumento exponencial da temperatura em todo o planeta. Os pesquisadores defendem imediatamente a redução da utilização de carbono no Planeta.