Origem da Umbanda

A Umbanda é uma religião totalmente Brasileira com mais de 100 anos. Ela tem ganho cada vez mais reconhecimento no Brasil e os seus membros crescem dia após dia.

Existem muitas dúvidas em relação a esta religião, nomeadamente se ela ligada à religião católica e os rituais nela praticados. É algo bem normal de se pensar, uma vez que a maioria dos segredos sobre a Umbanda continuam por revelar.

Mas, ao longo deste artigo, todas as suas dúvidas vão desparecer.

Como e quando surgiu a Umbanda?

A Umbanda surgiu em 1908, contamos hoje com 101 anos de Umbanda, na verdade seu nome inicial era m’banda, que quer dizer sacerdócio, porém, como não se pronunciava assim, e era difícil de pronunciar, passou então a ser chamada de Umbanda.

Mas existem outras histórias sobre o significado da palavra Umbanda, que pode ser lida como uma banda, ou como cura, mas o mais importante é saber que está religião já exista na espiritualidade, muito antes de se manifestar na terra.

Zélio Fernandino de Moraes, tinha apenas 17 anos de idade, e estava acometido por uma doença que nenhum médico conseguia descobrir e tratar.

Zélio então foi levado a um centro kardecista, ou mesa branca, como algumas pessoas conhecem, e lá se manifestou o Caboclo das Sete Cruzes Ilhadas, e disse que ele fundaria uma nova religião para que os negros, caboclos e crianças pudessem se manifestar sem serem considerados inferiores, já que no kardecismo as únicas manifestações permitidas eram de médicos e de pessoas “instruídas”, nunca um caboclo ou preto velho, poderiam se manifestar em uma sessão kardecista.

No dia seguinte a esta primeira incorporação, Zélio e seu caboclo, fundaram a Umbanda, no dia 16 de novembro de 1908 às 20h, em Niterói Rio de Janeiro, nascia a Umbanda. Com o propósito de ajudar aos necessitados, praticar a caridade sem nenhum tipo de cobrança ou pagamento por isto, fazer a inclusão de espíritos que não podiam se manifestar em outros locais.

Por ter vertentes kardecistas, e por acreditar na reencarnação, tem também como finalidade ajudar na evolução pessoal de quem procura ajuda.

A Umbanda é uma religião monoteísta, ou seja, acredita apenas em um único Deus, mas, têm seus Orixás, que são representantes da natureza, que organizam o trabalho da Umbanda, Iemanjá por exemplo não é uma Deusa, todos os espíritos que se manifestam na Umbanda seguem a lei de apenas um Deus, que para a Umbanda tem o nome de Olorum, Jesus é o nosso Pai Oxalá, mas Ele não é um Deus, como não o é na igreja católica.

O Caboclo das Sete Cruzes Ilhadas, que depois pela dificuldade em dizer seu nome passou a ser Caboclo das Sete Encruzilhadas, disse no dia da fundação da religião, que todos deveriam trabalhar de branco, em casas onde houvesse um dirigente e que os preceitos e ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, deveriam ser seguidos.
Tempos depois muitas casas ou terreiros de Umbanda surgiram, porém, cada um trabalhava de uma forma, o que gerou uma certa insegurança na religião, já que nada havia escrito sobre seus fundamentos, apenas dito, e cada casa seguia as ordens de seus dirigentes.

Houve um momento (e ainda acontece hoje), em que a Umbanda foi confundida com o Candomblé, por acreditar em Orixás, porém, não existe nada na Umbanda que seja igual ao Candomblé, que diga-se de passagem, só existe no Brasil, pois na África País de origem das religiões afro, cultua-se a religião de nações, ou seja, um determinado bairro ou vilarejo pertence a Ogum e todos ali são filhos de Ogum.

Na Umbanda não existe sacrifício de animais, não existe se “fazer no santo”, incorporação de Orixá, e outras coisas que o Candomblé prática, sem nenhuma crítica ao Candomblé, apenas fazendo a diferenciação necessária, para se entender que a Umbanda é uma religião totalmente brasileira.

E que apesar de ser brasileira, adota um pouco de cada religião, sem que nenhuma seja excluída, pois a Umbanda é inclusão e aceita a todos sem nenhum tipo de recriminação ou julgamento.

As dificuldades que a Umbanda ainda encontra

A falta de informação é ainda o maior inimigo da Umbanda, inclusive pelos próprios umbandistas, que não buscam pela informação, informação verdadeira com embasamento, e não boatos e ditos que se escutam por aí.

Há divergências entre as casas e terreiros, onde cada dirigente trabalha da sua forma, às vezes misturando os ensinamentos, onde cada um age e aprende de uma maneira, isto ainda é um grande problema.

A Umbanda tem fundamento, tem suas regras e é preciso que sejam seguidas, para que não haja ainda perseguições e discriminações quanto a pratica da religião.

A falta de informação, faz com que a Umbanda, assim como o Candomblé, sejam perseguidos e descriminados, não existe uma união dos seus praticantes é há ainda aqueles que têm medo de dizer que são umbandistas ou candomblecistas.

Mediunidade na Umbanda

Na Umbanda podemos ter médiuns de clarividência, os de audição, os de sensibilidade, mas, o mais comum são os médiuns de incorporação, que trabalham com seus guias em terra, “emprestando” seu corpo para a manifestação de uma entidade de luz.

Desta forma, Eles os guias usam o corpo do médium para dar passes, aconselhar, desfazer alguma maldade, energizar o consulente e praticar a cura, caso seja necessária, na maioria das vezes quando não falamos de cura do corpo, falamos de cura da alma, todos que ali estão, estão em busca de uma cura, um alivio para suas dores morais e físicas.

A Umbanda trabalha muito com os elementos da natureza, orienta-se banhos, defumações em casa, organização mental e acima de tudo como se manter equilibrado para as adversidades da vida.

Não existe milagre na Umbanda, existem práticas que nos levam a ser melhores e com isto afastar o que não é tão bom, ou seja, os afins se atraem.

Salve a Umbanda!

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