Atualmente, um número considerável de pessoas começa a procurar por tradições mais primitivas, como que se seguissem pelo caminho inverso em busca de respostas no passado primitivo da humanidade.
Com isto, cada vez mais pessoas passaram a praticar rituais que antes eram feitos apenas por grupos tribais tradicionais, dando vazão a tradições que foram passadas de geração em geração até chegar aos nossos dias.
E praticamente todas as principais culturas primitivas tradicionais tinham algum tipo de bebida mística que lhes permitia ter contato com espíritos superiores e que lhes permitia entrar em conexão com seu “eu superior”.
Pois uma destas bebidas é conhecida popularmente como cauim, que é a bebida que vamos conhecer melhor nas próximas linhas deste artigo, que irá explicar as suas origens e também a sua importância para certas ritualísticas contemporâneas.
Resumo:
O que é?
Há alguma controvérsia em torno do que é e de como é feito o cauim, mas o fato é que se trata de uma bebida muito comum entre os povos indígenas da América do Sul, especialmente da região amazônica.
A bebida é feita de mandioca, mas há uma série de variações que permitem que até mesmo diversas frutas possam ser misturadas, mudando completamente o sabor da bebida, que normalmente é mais azeda.
A visão iluminada
O cauim, para alguns povos indígenas era uma bebida que permitia a conexão com um plano superior e com antepassados, permitindo à pessoa ter uma espécie de visão iluminada das coisas e da vida como um todo.
No entanto, para os europeus, especialmente para os portugueses que chegaram ao Brasil durante o período colonial, esta bebida não passava de algo para recreação, que fazia com que os indígenas se embriagassem.
O primeiro contato fez com que os portugueses passassem a associar o cauim a algo satânico, já que para eles, os indígenas, depois de ingerir a bebida, pareciam possuídos por forças malignas.
A ritualística contemporânea
No entanto, o mais curioso é perceber que apesar da visão negativa que os portugueses apresentaram do cauim, mesmo assim, a bebida persistiu dentro das culturas indígenas da América do Sul, especialmente do Brasil.
E ela conseguiu chegar até os dias de hoje, onde é utilizada como peça central de certas ritualísticas feitas por grupos místicos que praticam visões modernas de ritos clássicos, como a magia cabalística, por exemplo.
Nestas ritualísticas, o cauim é ingerido para abrir ainda mais a percepção da pessoa, para que ela consiga se conectar com planos superiores que normalmente não estão abertos às pessoas deste plano material onde vivemos.