Em meio aos debates políticos fomentados durante as campanhas eleitorais para presidente no final de 2014, um vocabulário específico foi utilizado para fundamentar argumentos e desestabilizar teorias. Entre elas, o termo meritocracia esteve entre os mais acionados. Mas, o que significa meritocracia mesmo?
Resumo:
Definição de meritocracia
O termo tem origem da palavra mérito (no dicionário: capacidade) em conjunto com o sufixo cracia (de origem grega: poder). Ou seja, o poder da sua capacidade. De acordo com isso, todas as conquistas feitas durante a vida são resultados das aptidões e esforço pessoal. Em outras palavras pode ser colocada como o fazer por merecer.
O mundo ideal, seguindo a teoria da meritocracia, é aquele onde todas as pessoas desfrutassem de oportunidades iguais, desde os primeiros momentos de vida. Dessa forma, tudo que viria em sequência seria construído dentro do próprio esforço. Aquele que tivesse maior dedicação, o que estudasse mais e obtivesse os melhores resultados no trabalho e na sociedade receberia maior renda e prestígio.
Aplicação da meritocracia
Porém, dentro do cenário social, a linha de pensamento é aplicada como um estímulo ou para jovens e adolescentes buscarem melhores condições de vida. Na educação de países como a Coreia do Norte, ele a meritocracia é aplicada como forma de estimular e bonificar alunos e professores com melhores desempenhos. Eles acreditam que valorizar os melhores é uma maneira de entusiasmar os demais.
No cenário da política brasileira, a expressão está diretamente relacionada com as questões sociais do país. Como, por exemplo, para argumentar a falta de necessidade de implementar as cotas raciais e de baixa renda na seleção de candidatos em escolas e universidades públicas. Uma vez que, seguindo seus preceitos, a vaga deve ser conquista sem nenhum tipo de contribuição externa.
Contudo, é exatamente nesse ponto que grupos sociais e ONGs trabalham com a ideia de que a filosofia empregada pela meritocracia é uma forma de segregar a sociedade. Uma vez que, segundo as instituições, a diferença social do Brasil não permite que todos tenham a mesma trajetória de crescimento e não usufruam de oportunidades de ensino, saúde e lazer semelhantes.
Todo esse cenário e os detalhes que envolvem o seu significado e utilização reafirmam a importância do livre debate sobre o assunto dentro e fora das universidades do país. Somente através do compartilhamento de troca de ideias é possível chegar a conclusões que tragam benefícios sociais para todos.