O que diferencia os vinhos bons dos vinhos ruins?

Muitas perguntas têm surgido sobre o que definiria a qualidade de um vinho. Seria o solo? Seria a influência do clima da região? Seria a uva (matéria-prima)? Ou seriam as tecnologias empregadas? Enfim, a grande verdade é que não há um fator único nessa equação, e sim uma conjunção de todos esses fatores. No texto abaixo vamos discorrer sobre cada um deles de modo rápido e objetivo. Boa degustação!

3 fatores críticos na diferenciação dos vinhos

Solo

Os fatores físicos são mais importantes do que os fatores químicos na composição do tipo de solo ideal para o cultivo de videiras. E isso se deve ao fato de que são perfeitamente adicionáveis, de acordo com as necessidades.

Desse modo, o tipo mais recomendado para que as parreiras se desenvolvam com vigor é solo profundo, leve, solto e permeável. Deve ser preferencialmente mais arenoso do que argiloso e, em alguns casos, é desejável também que seja pedregoso. Essas características são fundamentais especialmente para a respiração das raízes.

Nas regiões mais frias, o ideal é que tenha mais pedregulhos e seja próximo de aquíferos, para que o calor adicional seja levado até as videiras. Em contrapartida, nas áreas mais quentes, o tipo ideal de solo é o mais frio.

Clima

O clima tem forte influência na qualidade do vinho. Regiões de clima mais frio e pouco ensolarado produzem vinhos mais ácidos. Regiões com clima mais quente e com mais incidência solar produzem vinhos mais adocicados e com um teor alcoólico mais elevado.

O clima ideal para se cultivar uvas depende dos seguintes fatores:

Uva

Esse é, sem dúvida, o principal fator que determinará a qualidade de um vinho, já que um bom fruto poderá render um bom vinho, desde que observados todos os cuidados de produção, ao passo que um mau fruto tornará praticamente impossível à obtenção de um bom vinho.

Portanto, é fundamental que se tenha cuidado ao escolher a variedade que será plantada (somente Vitis vinifera nobres). Também é necessário que se aplique defensivos agrícolas visando impedir a proliferação de fungos e bactérias.

É importante lembrar que no que diz respeito à produção de uvas, qualidade deve vir sempre à frente da quantidade, portanto é necessário restringir a produção por pé.

Considerações finais

É fato que muitas pessoas dizem que para diferenciar um vinho bom de um vinho ruim bastaria observar o preço: o vinho mais caro seria sempre o melhor. No entanto, não há certeza de acerto ao se escolher um vinho apenas pelo seu preço mais alto. A verdade é que há bons vinhos em praticamente todas as faixas de custo, o que o torna uma das bebidas mais democráticas atualmente.

Para escolher um bom vinho, procure se atentar a pelo menos 4 fatores: país de origem (Chile, França, Itália, Alemanha, etc.), casa produtora (Concha Y Toro, Morin Père & Fils, Romano Dal Forno, etc.), variedade da vinha (merlot, cabernet sauvignon, malbec, etc.) e ano de safra (2010, 2008, etc.).

Respeitando esses fatores, você encontrará bons vinhos, fugindo das “roubadas” que eventualmente aparecem. E lembre-se: um bom vinho é aquele que entrega exatamente aquilo que dele se espera.

Pela Web

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