Leptospirose ainda incide no Brasil
Por Mariana Sousa
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Os casos de leptospirose foram sendo combatidos ao longo dos tempos, mas ainda assustam muita gente. A doença é gerada a partir de um tipo específico de bactéria: a Leptospira. Em termos de visualização, ela tem uma forma de espiral e é bem flexível. A transmissão acontece por meio do contato com a urina de seres infectados, geralmente animais. Mas também pode estar presente na água ou mesmo nos solos contaminados. Em períodos de intensas chuvas a leptospirose acaba sendo muito mais temerária.
De modo geral os roedores, especialmente o rato-de-esgoto, acabam sendo os grandes problemas quando se trata da leptospirose. São eles que transmitem a doença de forma mais aguda. Entretanto, também há outros animais que acabam atraindo a bactéria e permitindo que ela se instale no organismo. E, pode até parecer estranho, mas esses animais estão muito próximos dos humanos: suínos, cães e bovinos.
Resumo:
Como a bactéria entra no organismo humano?
Para penetrar no corpo humano a bactéria da leptospirose vai fazer uso de alguma lesão na pele ou mucosa. Mesmo sem lesões, também pode penetrar, pois o individuo corre o risco de ficar exposto a uma determinada quantidade de água contaminada, por exemplo.
Depois de penetrar no organismo, a manifestação da bactéria pode acontecer de duas maneiras ou fases. Precoce, também chamada de leptospirêmica é a primeira. E a tardia ou imune é a segunda. Na fase precoce o paciente acaba desenvolvendo dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações. É muito comum o aparecimento da náusea, diarreia, vômito. Ocorre dilatação dos vasos dos olhos e sensibilidade à luz.
Estudos apontam que, na fase precoce ocorre um período de regressão dos sintomas a partir de uma semana. Além disso, também é preciso ficar atento já que, dadas as poucas especificidades dos sintomas nem sempre é possível identificar de imediato a doença.
É na fase tardia que os sintomas passam a se agravar, complicando seriamente o quadro clínico. Nesse momento, o aparecimento da icterícia, hemorragias inclusive na região pulmonar e insuficiência renal são constantes. Esses três sintomas acabam compondo o que é chamado de Síndrome de Weil. A hemorragia pulmonar é uma importante pista para o diagnóstico da leptospirose na fase tardia. Como você já deve estar imaginando, a doença pode sim levar à morte.
Tratamento e rapidez no combate aos sintomas
O processo do tratamento é mediado por antibióticos e muita hidratação para o paciente. Em caso de insuficiência renal, até mesmo a hemodiálise pode se fazer necessária. Um especialista deve prescrever todas as orientações.
Os casos de leptospirose ainda não muito frequentes no Brasil. Nas cidades com precário sistema de saneamento básico a situação tem se mostrado grave. Sem água limpa, toda a população fica exposta aos riscos.
E como a doença pode ser prevenida? É importante que as pessoas cuidem da coleta de lixo e fiquem atentas às drenagens das águas das chuvas. O contágio quando identificado precisa de combate imediato.