Ilhas de calor
Fenômeno climático muito presente nos espaços urbanos
Por Mariana Sousa
, atualizado em
Muito se fala em Ilhas de Calor. Mas, do ponto de vista prático, como elas aparecerm? Os especialistas apontam que esse tipo de fenômeno está intimamente relacionado ao clima e é característico dos espaços urbanos. Grandes cidades, a exemplo de São Paulo, vivenciam elevadas temperaturas. A diferença, na maioria das vezes, entre um espaço bastante urbanizado e uma área mais afastada pode chegar a até 7 graus.
Especialmente nas regiões onde há muitos prédios, trânsito e zona asfáltica, a ilha de calor é quase uma marca certeira do local. Ambientes em que não muitas árvores favorecem a esse fenômeno. Por isso, a sensação de calor é tão desconfortável para os animais e para os próprios seres humanos.
Resumo:
Quais as principais causas?
Espaços pouco arborizados: em disparado, o fator da arborização é uma das principais causas. Com as árvores, consegue-se ampliar a umidade do ar e reduzir as altas temperaturas. Porém, com a ação do homem para a construção e desenvolvimento urbano dos espaços, essa contribuição das árvores fica reduzida a zero.
Calor absorvido: um prédio, uma calçada ou mesmo uma construção inevitavelmente vão gerar maior absorção de calor. É o caso do asfalto. Com isso, a temperatura pode se elevar cada vez mais, especialmente nos dias ensolarados.
Solos: os solos dos locais onde há ilhas de calor tendem a ficar com baixa infiltração. A causa também está no aparecimento das construções urbanas, sempre cheias de zona asfáltica. Assim, a água não é acumulada e não gera infiltração ou mesmo evaporações que ajudariam a controlar os níveis de temperatura.
Arranha céu: o termo arranha céu não poderia ser melhor apropriado para gerar problemas como as ilhas de calor. Nas cidades mais desenvolvidas, esse “desenvolvimento econômico” gera impacto climático, pois o ar vai correr com mais dificuldades. São verdadeiros paredões ao longo de toda a cidade. O vento não circula como antes e tende a ficar preso.
Ações poluidoras: os diversos poluentes emitidos pelos carros, fábricas, casas e outros espaços também contribuem para o surgimento das ilhas de calor. Eles retêm a radiação solar, fazendo com que o efeito estufa seja intensificado. Por isso, muitas vezes, o calor nas cidades chega a ser insuportável.
Inversão térmica
Em alguns momentos, as Ilhas de Calor acabam associadas a outro fenômeno bastante preocupante: a inversão térmica. Nesse caso, as condições climáticas impostas aos seres vivos desses locais é bastante delicada. Para quem mora em regiões com esse problema, torna-se bastante difícil respirar e viver bem.
Entidades que atuam em defesa do meio ambiente, Ongs, diversos países e governos devem agir em conjunto para apontar caminhos contra essa elevação dos fatores degradantes do ar e da temperatura.
Pensar mudanças de hábitos também é uma alternativa. No Brasil, o consumo de automóveis, por exemplo, é cada dia maior. As pessoas não gostam da qualidade do transporte coletivo e o veículo individual acaba gerando impactos ambientais e sociais para toda uma população. Mas, até quando o ambiente vai sustentar tamanha poluição?