O carnaval é um tipo de comemoração, que é acompanhada por grandes festividades populares, que ocorrem nos três dias anteriores ao começo da Quaresma. Entretanto, essa verdadeira “folia”, a qual caracteriza o carnaval se manifesta de diferentes formas, nos vários países do mundo. Por exemplo, em regiões onde se destacam os desfiles, esses fazem parte do Carnaval de rua, que se opõe a um tipo de Carnaval mais fechado, que é celebrado em clubes.
Comemoração original por excelência, até mesmo suas origens e evolução são cercadas de ambiguidades e controvérsia. Há estudiosos que inserem o carnaval em um contexto específico: ao longo do período medieval. Já outros especialistas posicionam-se de modo diferenciado, asseverando que o Carnaval se relaciona a práticas mágico-religiosas ancestrais. Ou ainda, que Carnaval seria uma variante dos ancestrais cultos agrários, dos povos que vieram a.C. e, mais tarde, por meio da cultura greco-romana, em honra a suas divindades.
Por esse ponto de vista, o carnaval tem uma origem, em resumo, bastante obscura, que apresenta um subtexto religioso, com apelo ao ressurgimento da natureza, para que as lavouras prosperassem e as colheitas fossem pujantes. Primeiramente entre os gregos, nos anos de 600 a 500 a.C.
Mais adiante, os romanos começaram a dominação grega, absorvendo dados de sua cultura e transformando-a. Por isso, o Carnaval acabou por se transformar, e as festividades começaram a ter bebidas e forte caráter sexual, como homenagem ao deus Baco.
Mais tarde, no século V a.C., a Igreja Católica começa a se apropriar dessas práticas, retirando todo o conteúdo sexual e libertino e encobrindo-as sob um véu de santificação. Isso acabou afastando o povo, pois a comemoração começava a se afastar de suas origens, que eram as de culto à alegria e à agricultura.
Apenas muitos anos mais tarde, no século XVI, por meio do Concílio de Trento – no ano de 1545 – , o Carnaval voltou a ser uma festividade popular, e não mais religiosa. Vários territórios europeus tiveram, então, a sua versão para o Carnaval, como os entrudos portugueses e os bailes italianos.
O Carnaval chega ao Brasil, com os imigrantes portugueses, por volta do ano de 1723. Havia, nessa época, desfiles com pessoas que usavam fantasias e máscaras. Ao longo do século XIX já há registros das primeiras manifestações populares semelhantes a blocos, como os conhecidos hoje em dia, com carros decorados e gente fantasiada.
No biênio 1900-1901, tais práticas de Carnaval apresentaram uma repercussão mais forte no Brasil. Tal crescimento se deu, devido à música, que, via tradição popular, cada vez mais intensa, consagrava informalmente as Músicas de Carnaval, ou “Marchinhas”. Sobretudo, com o marco representado pelas marchas “Não vai, não vai” e também “Adeus, carnaval”; frutos de autoria desconhecida.
Já no limiar do século XX, as comemorações do Carnaval brasileiro começam a sofrer transformações intensas, que tiveram início com as já citadas músicas, e que culminou com o Carnaval virando atração turística para os brasileiros fora do Rio de Janeiro, então capital da República, como também de outros países do mundo, que vinham para cá encantados com tamanho exotismo e animação.