Filosofia Moderna é momento de luzes

A Filosofia Moderna vai apresentar várias características de ruptura com o estilo de Filosofia que se fazia anteriormente, no caso, a Filosofia Medieval. O foco da Filosofia Medieval era teocêntrico. No período moderno, teremos o fenômeno do Renascimento influenciando nas ideias filosóficas.

O mundo, nesse período, assistiu a diversas transformações: no campo político, das artes, ciências e economia. E essas mudanças geraram um reflexo filosófico, uma provocação filosófica.

O Renascimento retomou valores da cultura clássica e por isso foi chamado de Renascimento. Buscava-se renascer na ideia mitológica, nas ideias gregas, especialmente na cultura. O movimento ganhou força ao insistir que era preciso sair da Idade Média, considerada a “idade das trevas” em função do domínio da Igreja.

A Filosofia Moderna livra-se dessa maneira apegada ao religioso e teológico. E o que coloca em seu local? A autonomia do pensamento, o uso da razão em oposição aos valores medievais dominados pela fé.

É o momento do renascer das ideias. Outro forte movimento dessa fase da filosofia é o chamado Iluminismo, que cria uma razão iluminada em contraposição às antigas trevas.

PONTOS FUNDAMENTAIS DA FILOSOFIA MODERNA

Racionalismo: vem da palavra razão. É considerado um movimento forte, já que o próprio Renascimento surgiu do Racionalismo. René Descartes foi o maior expoente do chamado racionalismo clássico. Descartes propunha um pensamento baseado na razão. Questionar as coisas, buscar a teoria do conhecimento. Eu conheço, mas porque eu conheço? Vamos questionar, vamos ser mais críticos. O homem passou a pensar na sua própria maneira de viver e a entender o mundo a partir de seu pensamento. Saímos do foco teocêntrico para o foco antropocêntrico. O homem no centro da filosofia. É de Descartes a frase tão famosa: “Penso, logo existo”. Ele acreditava que só se conhecia qualquer coisa por meio do aspecto intelectual. As chamadas experiências sensíveis separavam o homem do conhecimento verdadeiro.

Empirismo: é um fenômeno que diverge do Racionalismo, justamente por defender as experiências sensíveis. Os empiristas acreditavam que o homem é uma folha de papel em branco, onde é escrita a sua história a partir de suas experiências. O conhecimento é formado a partir de graus contínuos. O conhecimento vai das sensações às ideias.

Também é destaque, no período da Filosofia Moderna, o estudo da política a partir do filósofo Maquiavel, autor de o Príncipe. Na Idade Média, a política era representada por um “rei iluminado por Deus”. Maquiavel começa a discutir a necessidade do conceito de política ser ampliado para valores transcendentais. O poder, segundo ele, precisa ser concebido com um presente humano, a partir de fundamentações práticas ou jurídicas. É um descolamento do pensamento medieval.

Percebem como o dualismo entre fé e pensamento racional está muito fortalecido nesses dois últimos períodos da história da filosofia? As mudanças só serão mais observadas a partir da Filosofia Contemporânea. É quando se dá um fim nessa guerra entre luz e trevas, com novas polêmicas.

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