Entenda o caso do “O Boticário” e o homossexualismo
Por Victor Palandi
Recentemente, ocorreu um caso muito curioso. Uma propaganda comercial, a favor da diversidade e do amor, realizada e colocada no ar nos últimos dias nos principais canais de comunicação, gerou grande polêmica, virou alvo de protestos e chegou ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
Essa campanha mostra diferentes casais no Dia dos Namorados presenteando seu parceiro, heterossexual ou homossexual, com um presente da empresa de cosméticos “O Boticário”. O Conar, diante de toda repercussão negativa, abriu um processo para julgar a propaganda após receber mais de 20 reclamações de consumidores. No entanto, ainda não há data para o julgamento.
Muitos internautas aproveitaram para registrar uma reclamação no site Reclame Aqui, onde o número de comentários atingiu em pouco tempo, uma média de 90 registros abertos, sendo 84 contra a veiculação da peça em TV aberta.
Resumo:
Problemas decorrentes da propaganda
As reações advêm de comentários homofóbicos e até mesmo ameaças de boicote à marca nas redes sociais. Toda essa repercussão teve início por considerarem que as imagens ali apresentadas são de cunho desrespeitoso e prejudicial à cultura de crianças e adolescentes, enquanto a ideia era ressaltar momentos de ternura e compaixão, trocando presentinhos.
A propaganda foi considerada ainda como uma ameaça às famílias tradicionais que são formadas por um casal “homem e mulher”, e que por meio dessa união, a possibilidade de filhos é maior. O motivo gera dúvidas em relação à postura da sociedade, uma vez que vivemos em um mundo globalizado e bem diferente da época antiga, em que casais comuns eram vistos com bons olhos. Tanta diversidade é ainda vista pelas famílias tradicionais como algo ruim.
Enquanto isso, existem aqueles que apoiam a diversidade e lutam constantemente pelo reconhecimento e igualdade diante da sociedade, até mesmo para mostrar que não há mais espaço para tal preconceito. Essas ações enfatizam o desenvolvimento e o “não ao preconceito” em pleno século 21. Com isso, muitas campanhas a favor de uma mudança aproveitam do momento para alavancar a venda, como também a conscientização.
As manifestações ocorreram a princípio pela rede social Facebook, propriamente na página da marca da empresa de cosméticos. Foram muitos comentários, manifestações, que incluíam mensagens de teor homofóbico, porém, ao mesmo tempo, muitos elogios à propaganda. Em contrapartida e em paralelo, no canal do Youtube, os internautas para burlar a campanha, clicaram em “dislikes” – ferramenta esta que ressalta o descontentamento em relação à peça publicitária.
Também há o botão “like” que significa que o comercial foi aprovado pelo público e possui uma imagem positiva diante de qualquer repercussão. Importante ressaltar ainda que o descontentamento só tomou proporção após um número de 172.833 dislikes.