Um menino de 10 anos de idade, chamado Luan Gabriel Aguiar Gama, foi aprovado no processo seletivo vestibular da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Ele ficou famoso no Brasil inteiro depois de participar do quadro “Pequenos Gênios”, no programa Domingão do Huck, onde ele realizou cálculos matemáticos e resolveu questões de conhecimentos gerais, como de Geografia.
De acordo com as informações que foram divulgadas pela instituição de ensino, o menino se inscreveu para fazer a prova e testar os seus conhecimentos. Luan conseguiu alcançar 41,6 pontos na primeira fase do certame e 50,72 na segunda. Com isso, ele ficou na 13ª colocação da classificação final dos aprovados, com uma nota final de 46,19.
Nas redes sociais o menino publicou o seguinte texto: “Estou muito feliz, até porque eu tenho 10 anos, sou de escola pública e apesar disso tudo, eu estudo muito. Quero agradecer a todos os professores de um cursinho particular que eu também fiz em preparação, e apesar de tudo, no primeiro ano [em que eu fiz o vestibular] deu tudo certo”.
Resumo:
Como fica a vaga?
Em uma decisão inédita, a justiça determinou que a Universidade do Estado do Amazonas resguarde a vaga no curso de Licenciatura em Matemática. A decisão foi assinada pelo juiz Marcelo Vieira que, além do resguardo da vaga, decide também pela realização de um exame de avanço escolar no prazo de 45 dias para Luan.
No processo, foram juntados um relatório neuropsicológico onde consta conclusão no sentido de que o estudante preenche os critérios para altas habilidades e superdotação do tipo acadêmico.
Na decisão, o juiz mencionou que o ambiente de uma universidade é muito destoante do ensino fundamental, sendo certo que o aluno será exposto a situações que, se isoladamente consideradas, podem não ser propícias ao seu atual nível de maturidade emocional.
“Assim, em um cenário ideal, já havendo o diagnóstico de altas habilidades, entendo que seria necessária uma avaliação multidisciplinar para determinar se o avanço escolar seria capaz de produzir algum prejuízo significativo ao aluno. Porém, é certo que tal avaliação demandaria um razoável período de tempo o que traria prejuízo irreparável ao autor, considerando o recesso forense e o exíguo prazo para matrícula, que se dará entre os dias 2 e 4 de janeiro de 2024”, apontou o juiz.