Comunicação em Libras: a Língua Brasileira de Sinais
Por Victor Palandi
A necessidade de comunicação entre as pessoas sempre existiu, ou seja, desde o início da humanidade foi preciso a comunicação entre as pessoas para que se pudesse viver em comunidade. Sendo assim, os surdos também existiam e suas necessidades eram ainda mais expressivas no tocante a história da humanidade. Todas as pessoas que possuem qualquer “anormalidade” ou algo que as diferencie das outras são chamadas de “anormais” ou “especiais”. As pessoas ainda não são respeitadas por suas diferenças e antigamente não era diferente.
Na Idade Média, as pessoas com necessidades especiais eram tidas como pessoas inválidas e eram de alguma forma penalizadas por isso com a própria vida. A maioria das pessoas acreditava nas crenças religiosas e via nessas pessoas a invalidez, deixando-as de lado, afastando-as da sociedade sem qualquer tipo de educação ou convívio com os demais.
Somente por volta do século XVI, pesquisadores se interessaram a entender melhor como funcionava a nossa audição. Foi nesse período que o Padre Pedro Ponce de León fundou a escola para surdos desenvolvendo um alfabeto manual de soletração de palavras. Em 1870, na França, surge o Método Gestual, de Abade L’Epeé que misturava a escrita francesa com a língua de sinais.
Resumo:
O que é a Língua Brasileira de Sinais?
A língua Brasileira de Sinais é uma modalidade de linguagem que se utiliza de símbolos linguísticos estudados pela morfologia, sintaxe, semântica e fonologia. Todos esses símbolos interpretam e formam uma linguagem utilizando também o gestual como forma de expressão. Toda a língua varia de região para região, ou seja, não é uma única língua. Sendo assim, não basta apenas saber os sinais ou o alfabeto em libras é também necessário estabelecer a comunicação combinando as frases de acordo com a configuração dos sinais, utilizando a articulação do corpo e das mãos, expressando além da linguagem, o sentimento.
O intérprete de Libras
Para que qualquer pessoa possa ensinar ou explicar qualquer coisa é preciso que essa pessoa tenha noção e domínio no que se está explicando. Assim como um intérprete somente conseguiria ensinar qualquer pessoa diante de uma língua tendo o domínio dessa língua seja em qualquer idioma.
Os surdos são a minoria praticamente em todo o mundo. O intérprete é aquela pessoa que faz o papel de mediador entre o mundo dos ouvintes e o mundo dos surdos. O intérprete atua em várias áreas como em palestras, congressos, seminários, fóruns, em redes de TV, encontros, em instituições de ensino, assim como no judiciário e nas áreas medicas. É preciso que esse profissional seja qualificado e bem preparado para exercer tal função se dedicando de forma imparcial e ética ao aprendizado estabelecendo relação de confiança e respeito às pessoas surdas.
Entende-se que quanto antes uma pessoa surda aprender a língua de sinais, mais facilmente ela entenderá o mundo ao seu redor, terá acesso à informação e ao aprendizado. Essa aprendizagem pode ser comparada ao aprendizado de uma nova língua para qualquer pessoa, em que no início exige-se treinamento e determinação.