Como surgiu a linguagem de sinais?
Por Mariana Sousa
As comunicações entre os humanos podem ser exploradas a partir de diversas formas. A fala, o gesto, o e-mail, uma carta ou mesmo uma conversa a partir de computadores. Além de tantas outras maneiras de se comunicar que fizeram sucesso em diferentes momentos da história. Independente da forma de comunicação, sempre teremos os elementos básicos em um processo comunicativo: há a pessoa que emite e aquela que recebe a mensagem. Ao longo desse processo, também precisamos entender que há ocasiões em que somos emissores e noutras ocasiões que somos receptores. É uma troca de papel natural.
Um jornal, revista, emissora de rádio ou televisão também cumprem o papel da comunicação. Entretanto, com esses canais não há condições de interagirmos de forma mais direta, a exemplo de podermos assumir o papel de emissores das mensagens. É diferente de uma conversa que temos com um amigo.
A audição é um dos sentidos mais importantes para que as nossas trocas comunicativas funcionem bem. Mas, o que acontece com as pessoas que nascem surdas? E aquelas que desenvolvem um problema de audição e perdem essa capacidade de ouvir e entender claramente? Elas vão ficar eternamente prejudicadas? E, se não ouvem, como conseguirão falar? Muitos são os casos de quem não escuta e também não consegue se expressar pela fala. Para essas pessoas foi desenvolvida a técnica da linguagem de sinais. Para que esse público consiga se comunicar por meio de um tipo muito particular de gestos, com aspectos bem específicos. A Língua Brasileira de Sinais é mais popularmente conhecida como LIBRAS.
Resumo:
Alfabeto próprio e uso nas escolas
A Língua Brasileira de Sinais tem um alfabeto próprio, com cada letra e sinal específico que pode ser apresentado a partir de diferentes movimentos das mãos. Dessa maneira, cada pessoa pode decorar esse sinal e conversar naturalmente por meio dos gestos que representam palavras e frases inteiras. É uma forma incrível de facilitar a comunicação e até de torná-la mais ágil.
Você acha que aprende LIBRAS de forma rápida e com qualquer pessoa? Não é tão simples assim. Torna-se necessário passar por treinamentos com pessoas habilitadas para tal. No Brasil, cursos e escolas para atingir tais avanços na aprendizagem estão sendo pensados.
Há escolas que já incluíram as linguagens a partir das Libras como um item obrigatório. Esse é um meio de facilitar a interação entre professor, aluno e pessoa que apresenta algum tipo de deficiência. Com esse tipo de prática, o espaço educacional também auxilia para que tenhamos mais inclusão entre as crianças e futuros adultos. Vocês já pararam para imaginar o quão difícil é estar em uma sala e não se sentir aceito por aquelas outras pessoas?
Não compreende-las e também não ter condições de ser compreendido? A leitura labial que muito facilita a vida de quem é deficiente auditivo nem sempre resolve todos os problemas e, para além dessa dificuldade, mesmo que entendam o que estamos falando, como eles podem se expressar para nós? Daí a importância da linguagem em sinais a partir dos gestos.