Como funciona o silogismo aristotélico?
Por Victor Palandi
Para entender o silogismo aristotélico, precisamos entender o que é a filosofia e logo quem foi Aristóteles.
A filosofia nada mais é que o estudo da existência, do conhecimento e da verdade, dessa forma, a filosofia é uma análise racional. Já o filósofo, é o ser que busca esse conhecimento por meio da sua curiosidade. A filosofia tem como objetivo buscar respostas para a existência humana, mas não é baseada na fé e sim na razão.
Resumo:
Quem foi Aristóteles?
Filósofo grego antigo que foi considerado um dos principais filósofos e pensadores, ao lado de Sócrates e Platão. Foi criador do pensamento lógico e para ele, a lógica não é ciência, e seu objeto – da lógica – é o silogismo.
O que é o silogismo aristotélico?
É um termo presente na filosofia, onde o filósofo Aristóteles argumentou sobre a lógica perfeita, desta forma foi constituído três proposições que se “conectam” entre si. Portanto, as duas primeiras se juntam, e logo é possível deduzir a terceira.
A junção das duas primeiras é chamada de premissas, e a terceira de conclusão. Veja como foi que Aristóteles designou isso:
- Todo homem é mortal = primeira premissa, a maior.
- Sócrates é homem = segunda premissa, a menor.
- Sócrates é mortal = conclusão
Esse exemplo difere dois aspectos importantes presentes no silogismo aristotélico, começando pela premissa “Sócrates é um homem” é uma suposição já que o sujeito é singular.
Essa teoria foi proposta por Aristóteles em Analíticos anteriores, e partindo disso, um silogismo nada mais é que um raciocínio. Vale lembrar que independente dos silogismos, todas as junções das premissas terão sempre como consequência a conclusão.
Os silogismos são exemplos de pensamentos lógicos, mas que não pertencem a lógica, já que muitos dos termos não fazem parte dela. A lógica é apenas aplicada em objetos, isso foi realizado por Aristóteles, que introduziu letras ao invés de sujeitos e predicados.
Portanto, silogismo é um argumento constituído de proposições, que consequentemente se extrai a conclusão. Assim, não é apenas com atribuir o valor de verdade – ou falsidade – às premissas, e muito menos à conclusão, e sim ressaltar a maneira como foi formado.
Exemplos de silogismo
É perceptível que Aristóteles, ao usar silogismo de letras, ele sempre menciona o predicado para depois o sujeito. Veja:
Se todo o B é A
e todo o C é B,
então todo o C é A.
Dessa forma, percebe-se que ele não diz “todo o B é A”, utilizando “A é predicado de todo o B”.
Silogismo dialético x silogismo científico
Aristóteles sistematiza os silogismos em duas formas:
- Silogismos dialéticos: são juízos incertos que fazem referência somente para as opiniões.
- Silogismos científicos: são juízos onde a ciência tende a mostrar coisas além da verdade.