Como foi o Dia da Mulher no Brasil?
Por Victor Palandi
O último domingo, dia 8 de março, marcou a celebração do Dia Internacional da Mulher em todo o mundo, e no Brasil, manifestações e alguns convites à reflexão sobre o papel da mulher na sociedade foram feitos.
Dentre os eventos que marcaram a celebração da data no Brasil, um dos que mais chamou a atenção foi a manifestação organizada por movimentos feministas que reuniu, mesmo debaixo de chuva, nada menos do que 2 mil mulheres na Avenida Paulista, em São Paulo.
Resumo:
Uma data para reflexão
Para os principais movimentos feministas brasileiros, o Dia da Mulher deve ser antes qualquer outra coisa, uma data para reflexão, acima até mesmo da celebração ou de qualquer outro tipo de comemoração.
Isto se dá pelo fato de que no Brasil atual, ainda há espaço para muita desigualdade entre homens e mulheres, e mesmo com as conquistas recentes por parte da ala feminina da população do país (maioria), ainda há muito que ser conquistado.
Portanto, por este motivo, algumas manifestações foram organizadas ao redor do país, para que a população brasileira perceba como é importante lutar e protestar para melhorar ainda mais a situação das mulheres no nosso país, para que o futuro seja melhor e mais próspero.
A manifestação na Avenida Paulista
Como já foi dito anteriormente, houve uma série de manifestações pacíficas nas principais cidades do Brasil em virtude do Dia Internacional da Mulher, especialmente para pedir mudanças na legislação brasileira e para cobrar direitos.
No entanto, nenhuma foi tão marcante como a marcha pela mulher que foi realizada na Avenida Paulista, com concentração bem em frente ao prédio da TV Gazeta, que reuniu pouco mais de 2 mil pessoas.
Esta marcha foi marcante também pelo fato de ter conseguido reunir nada menos do que mais de 2 mil mulheres mesmo com o clima que fazia na capital paulista, onde chovia de modo constante.
Depois da concentração em frente ao prédio da TV Gazeta, a marcha seguiu para o centro da cidade pela Rua Augusta, de modo pacífico e exibindo cartazes que pediam, entre outras coisas, a descriminalização do aborto.
Gritos de guerra, que são tão comuns neste tipo de manifestação também se fizeram presentes, e as mulheres que estavam por lá entoavam brados contra a corrupção, contra a violência e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.
O foco do evento, apesar de ser o Dia da Mulher, foi o direito à água, aproveitando a crise hídrica que assola, entre outras, a cidade de São Paulo.