Bullying é uma ação que está muito na moda. Antigamente, não existia essa expressão e as crianças cochichavam, olhavam estranhamente, davam risada, apontavam com o dedo qualquer coisa que entendiam como sendo diferente. Mas o que é ser diferente? É não ter as mesmas opiniões e gostos? Vestir-se de uma maneira diversificada e original! É não usar o que todos usam! Isso é ser diferente? Ou ainda ser diferente é usar óculos, um penteado nada convencional, uma roupa, um tênis que não seja de marca ou que não seja fashion?
Eu mesma, quando criança, sofri esse tipo de comportamento. Era uma criança quieta, estudiosa, usava roupas simples e tênis sem marca. Muitas crianças me achavam estranha por ser quieta e não querer conversa com muitos deles, mas não era porque eu era diferente, mas eles me pareciam estranhos. Faziam coisas de que eu não gostava, como brincadeiras que machucavam, ficavam correndo de um lado para o outro; enfim, não faziam nada que eu entendia como interessante.
As crianças não entendem que cada um tem suas diferenças e que elas devem ser respeitadas. Não é motivo rir e achar o outro diferente pelo fato de ser gordo, baixo, alto, magro, feio ou bonito.
A culpa, muitas vezes, não é das crianças, mas da sociedade como um todo que cria tipos e padrões de beleza. A sociedade dita a regras de moda, do que é bonito ou feio, do que deve ser usado ou não. Qual é a ideia do que é bonito ou feio? As pessoas possuem gostos diferentes, pois somos diferentes; ninguém é igual a ninguém. Mas se preciso for podemos ser iguais com as nossas diferenças. O importante é saber diferenciar e identificar que nem sempre o que é estranho para você pode ser para o outro. Cada um de nós tem as suas esquisitices, seus hábitos e costumes, mas devemos entender e respeitar a individualidade de cada um.
Antigamente, as crianças se entendiam entre elas mesmas, decidiam suas diferenças, resolviam a situação. Atualmente, a situação é mais grave, as crianças estão ficando mais cruéis, e isso é preocupante! Senhores pais, é preciso atentar-se para a educação de seus filhos.Educadores podem ajudar nesse processo demonstrando que as diferenças podem ocorrer e que temos que respeitá-las.
Vários escritores preocupados com essa situação escrevem livros sobre esse tema. Sugestão de leitura: “Do jeito que você é” – autora Telma Guimarães – Formato.