Você já parou para imaginar o que acontece com um trabalhador que passa por um acidente de trabalho quando está desempenhando as suas funções? Ou, ainda, aquelas funções que ampliam as chances do trabalhador desenvolver uma doença relacionada ao tipo de trabalho que exerce?
No Brasil, uma média de mais de 4.000 trabalhadores morrem por ano em decorrência dos acidentes de trabalho. Há quem aposte que a principal causa do problema está na legislação trabalhista. Com leis flexíveis, muitas empresas estariam penalizando seus funcionários para reduzir os custos com máquinas e equipamentos de prevenção. Além disso, também há situações em que mesmo existindo lei e norma regulamentadora, o patrão ainda não as respeita e acaba gerando o tal do acidente de trabalho.
Resumo:
Quem deve fiscalizar esse tipo de situação?
O órgão, no entanto, não parece dispor da estrutura necessária para tais fins. É o que apontam os números. Em 2008, mais de 750 mil trabalhadores enfrentaram um acidente de trabalho nos seus respectivos empregos. Em 2010, o índice chegou a 701 mil notificações de acidentes. Uma baixa redução, mesmo com as campanhas que incentivam a prevenção de acidentes.
Como o poder público nem sempre consegue atingir o causador do acidente, até mesmo as instituições que lutam em defesa dos trabalhadores entram em cena para alertar os patrões quanto aos riscos. Um trabalhador adoecido gera encargos para o governo, perde saúde e também gera transtornos para a própria família.
Organização Internacional do Trabalho alerta para prevenção
O problema não ocorre apenas no Brasil. No mundo, mais de dois milhões de trabalhadores morrem enquanto desenvolvem alguma atividade profissional.
Em âmbito internacional, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que a solução desse dilema passa por mais incentivos à prevenção. A OIT ainda explica que os números alarmantes de acidentes e doenças ocupacionais são subestimados. Também há outro fator que pode contribuir para a ampliação do número de acidentados: nesse quantitativo, não estão incluídos os servidores públicos, os militares e nem os trabalhadores que atuam no setor informal.
Se cabe ao patrão fornecer todos os equipamentos e condições de trabalho adequados, também é responsabilidade do trabalhador manter os cuidados no seu dia a dia. Em algumas situações, a falta de fiscalização dentro da própria empresa faz com que muitos funcionários se descuidem em relação a medidas de segurança a serem adotadas no cotidiano.
Trabalhadores de diferentes áreas estão expostos a riscos diários. De forma mais comum, o noticiário apresenta casos relacionados aos funcionários do setor da construção civil. Nesse tipo de trabalho, a ausência do equipamento de segurança ou a falha em alguma engrenagem pode ser fatal.