10 anos da morte de Celso Furtado
Por Victor Palandi
No último dia 20 de novembro, foi celebrado no Brasil inteiro o Dia da Consciência Negra, mas a data também é lembrada como o dia da morte de um dos maiores economistas brasileiros do último século: Celso Furtado.
Portanto, vamos conhecer um pouco mais sobre a vida e sobre a carreira deste economista que nos deixou faz 10 anos, mas cujos pensamentos e ideias ainda ecoam dentro do universo econômico brasileiro.
Resumo:
Infância e juventude
Celso Monteiro Furtado nasceu em 26 de julho de 1920 na cidade de Pombal, bem no meio do sertão da Paraíba, filho de Maurício Medeiros Furtado e de Maria Alice Monteiro Furtado.
Estudou no Liceu Paraibano e também no Ginásio Pernambucano, sendo que este último, já na cidade de Recife, capital de Pernambuco, para onde sua família se mudou.
No entanto, é na juventude que ocorre algo realmente novo em sua vida, quando se muda para o Rio de Janeiro, fato ocorrido no ano de 1939, quando contava com 19 anos.
É na então capital da república que Celso Furtado inicia os estudos na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde concluí o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1944.
Neste mesmo ano, o jovem Furtado é convocado para servir na Itália, durante a participação brasileira nos combates da Segunda Guerra Mundial, integrando a Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Os estudos econômicos
No ano de 1946, Celso Furtado inicia o curso de doutorado em Economia na Universidade de Paris-Sorbonne, que foi concluído no ano de 1948, quando apresentou uma tese acerca da economia brasileira durante o período colonial.
É durante sua passagem por Paris que Furtado acaba por conhecer sua primeira esposa, a química Lucia Tosi, natural da Argentina, para depois disto retornar ao Brasil para trabalhar no DASP e também na Fundação Getúlio Vargas.
Em 1949 ele se muda para Santiago, no Chile, para integrar o órgão da ONU recém-criado, a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), sendo que é no Chile que nasce seu primeiro filho, Mario Tosi Furtado.
Atuação em governos importantes
Furtado se tornou conhecido do grande público ao elaborar um estudo sobre a economia brasileira que viria a ser a base para o famoso Plano de Metas do presidente Juscelino Kubitschek.
Ele também se notabilizou ao ser chamado por João Goulart para ser Ministro do Planejamento do Brasil, idealizando, entre outras coisas, o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social.
Furtado faleceu no dia 20 de novembro de 2004, na cidade do Rio de Janeiro, sendo um renomado economista brasileiro, que participou de momentos importantes e que se tornou, entre outras coisas, membro da Academia Brasileira de Letras.