Oriente Médio
Por Redação
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Oriente médio
O Oriente Médio é também chamado de Ásia Ocidental. Possui um território muito complexo, com uma superfície de quase 7.200.000 Km2. Grande parte da população do planeta está concentrada na Ásia.
Quadro Natural
A Ásia é um continente maciço, no qual predominam os planaltos e as montanhas. Entre o ponto mais elevado e o mais baixo encontram-se grandes planaltos e vastas depressões.
O continente asiático é composto por dois grandes conjuntos de planícies e planaltos, situados nos lados de uma linha central de cordilheiras que se estende da Anatólia até o Pamir, na direção oeste-leste (Cáucaso, Elburz, Zagros, Hindu Kush), para dividir-se em seguida em dois ramos, um na direção nordeste, até o estreito de Bering (Tien Shan, Altai, Saian, Yablonovi, Stanovoi, Djugudjur, Verkhoiansk, Cherski, Kolima), e outro que se dirige para leste (Karakorum, Himalaia, Kunlun, Nan Shan e Qinling), depois para o sul, pela Indochina, e finalmente outra vez para o leste, na Indonésia. A linha montanhosa prossegue no Extremo Oriente através dos arcos insulares das Filipinas, Formosa, o arquipélago do Japão e as Kurilas. No oeste e no noroeste, na direção sudoeste-nordeste, encontra-se outra linha de cordilheiras, constituída principalmente pelos Urais e prolongada nas montanhas de Nova Zembla e nos montes Byrrang (península de Taimir).
Entre esses grandes conjuntos de cordilheiras situam-se, ao sul, a planície da Mesopotâmia, o planalto da Arábia (este levantado no rebordo sul-oriental), o planalto do Irã, os vales do Indo, do Ganges e o planalto do Decan na Índia, o planalto de Korat e o vale do Mekong na Indochina, e o planalto de Yunnan na China. Entre o Himalaia, no sul, e os montes Kunlun, no norte, localiza-se o grande planalto do Tibet. Na faixa central da Ásia se encontram a depressão turaniana, as estepes do Casaquistão, do Quirguistão e do Isin, a bacia do Tarim, a depressão da Dzungária, a planície desértica de Gobi, os planaltos da Mongólia e as planícies do norte da China. Por último, no norte do continente, estendem-se a grande planície da Sibéria ocidental, o planalto da Sibéria central e a planície de Kolima. No setor ocidental da Ásia, o Oriente Médio, predominam o arreísmo (ausência de cursos fluviais permanentes, como no deserto da Arábia) e o endorreísmo (fossas e lagos salgados da Abnatólica). Os dois rios mais importantes são o Tigre e o Eufrates, que formam o Shatt al-Arab em seu trecho final. Esses rios, procedentes dos cumes nevados do planalto da Armênia, fertilizam a planície da Mesopotâmia, antes de desaguarem no golfo Pérsico. Pela Turquia, Síria e Líbano correm alguns rios menores, caracterizados pelo regime de secura estival, que desembocam no Mediterrâneo e no mar Morto.
A enorme extensão da Ásia, sua configuração maciça e a variedade de seu relevo determinam uma grande diversidade climática, embora, no conjunto, predominem as características continentais (temperaturas extremas e aridez), favorecidas pela enorme extensão latitudinal do território e pela presença de grandes barreiras montanhosas que impedem a passagem dos ventos oceânicos para o interior.
O clima siberiano, estendido pela larga faixa setentrional do continente, caracteriza-se pelo rigor dos frios hibernais — determinados pela influência das massas polares — e pela formação de um potente anticiclone térmico durante o longo inverno, que dura mais de oito meses. Esse clima continental, rigoroso ao extremo, apresenta uma gradação no sentido longitudinal, com maior aridez e temperaturas mais frias nas zonas orientais, e no sentido latitudinal, desde as regiões geladas e secas da tundra, no norte, até as estepes do sul da Sibéria, passando pelas taigas centrais, onde se registra maior nível de precipitações durante o verão.
Com invernos chuvosos e frescos e verões quentes e muito secos, o clima mediterrâneo predomina nas franjas litorâneas da Anatólia (Ásia Menor), alterando-se progressivamente em direção ao interior até converter-se em clima desértico, muito quente e seco e com grandes amplitudes térmicas diárias (Arábia, Síria, Irã, Índia). Na Ásia central, a forte continentalidade se manifesta em climas de estepe e de deserto frios, como os do Turquestão, do Tarim, do Tibet e do Gobi. Por último, as regiões da Ásia oriental e meridional estão submetidas ao regime das monções, ventos sazonais que determinam um verão muito chuvoso e um inverno seco. No Sri Lanka, na península malaia e na maior parte da Insulíndia, o clima de monções adquire características tipicamente equatoriais, com temperaturas altas e precipitações abundantes durante todo o ano.
Aspectos Humanos e Econômicos
O oriente médio se destaca por etnicamente ter a maior diversidade de origens e religiões diversas. Devido a essas diversidades a região é muito dividida politicamente.
Entre as fontes de energia disponíveis destacam-se o potencial hidrelétrico dos rios siberianos e da zona de monções, além das enormes reservas de petróleo – localizadas principalmente no golfo Pérsico e na Sibéria ocidental -, de gás natural (Sibéria) e de carvão (China e Sibéria).
O subsolo asiático é também muito rico em minerais de todo tipo, especialmente antimônio, tungstênio, cobre, estanho, ferro, zinco, bismuto, cobalto, ouro, prata, manganês, níquel, titânio e vanádio. A distribuição desses recursos, porém, é muito desigual, concentrando-se sobretudo na Sibéria e na região das monções. Os grandes desertos, tundras e zonas montanhosas limitam bastante as possibilidades de exploração agrícola. Tradicionalmente o setor primário tem ocupado a maior parte dos trabalhadores asiáticos, dedicados sobretudo às culturas intensivas e de subsistência que, em muitos casos, não são suficientes para abastecer a população crescente. O arroz constitui o alimento básico da Ásia das monções, onde também se plantam o milho, o algodão, o chá e a juta. Nas zonas mediterrâneas e secas predominam as culturas do trigo e de outros cereais, combinadas à pecuária transumante (migratória) e de baixa produtividade, baseada no pastoreio de ovelhas (Ásia central e ocidental) e na criação de camelos e cavalos (Arábia). Nas zonas montanhosas do interior usa-se o iaque como animal de tração, utilidade que o búfalo asiático tem nas regiões de monção. A vaca é considerada animal sagrado na Índia, enquanto o porco não existe nos países muçulmanos, também por motivos religiosos. Os países produtores que engloba são os seguintes: Arábia Saudita, Bahrain, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Irão, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Qatar, Síria e Turquia.