Você já deve ter ouvido falar em oração reduzida. Com alguns exemplos muito simples podemos identificá-la.
“Quando você fizer tal coisa…”
“Ao fazer tal coisa…”
No primeiro caso o verbo fazer está no futuro do subjuntivo. Você percebeu.
No segundo, eliminamos a conjunção “quando” e não conjugamos o verbo fazer, deixando-o no infinitivo.
Em suma, reduzimos a oração.
Outro exemplo.
“Precisando, telefone.”
A primeira oração “precisamos” pode ser desdobrada.
“Se precisar, telefone” ou “Quando precisar, telefone”.
Passamos a usar as conjunções “se” ou “quando”.
Quando usamos verbos no gerúndio ( falando, bebendo, partindo), no infinitivo ( falar, beber, partir ) ou no particípio (
falado, bebido, partido ), não se usa o elemento ( se , quando ) que introduz a oração, ou seja, a conjunção. A oração começa direto com o verbo. É reduzida. Veja o fragmento de uma letra de Caetano Veloso e Gilberto Gil:
“No dia em que eu vim m’embora
… sentia apenas que a mala de couro que eu carregava embora estando forrada fedia, cheirava mal…”
“Estando” é gerúndio e o gerúndio estabelece a oração reduzida. Logo, nessa letra a conjunção embora não poderia ter
sido usada com o gerúndio. Ficaria assim :
“… sentia apenas que a mala de couro que eu carregava,
embora forrada, fedia, cheirava mal…”
No caso, houve uma distração. Não pode ser abonado pela norma culta.
Outro caso:
Muita gente fala “Isso posto, vamos ao que interessa.” Errado. Em português a oração reduzida começa pelo verbo. O
correto é “Posto isso, vamos ao que interessa.”
Não se diz “A questão discutida, passamos ao item seguinte”. Diz-se “Discutida a questão, passamos ao item seguinte.”
Oração reduzida sempre começa com o verbo no gerúndio, no particípio ou no infinitivo.