Governo Collor (1990 a 1992)
Neste plano para substituir o cruzado novo, Collor trouxe de volta o cruzeiro na proporção 1 por 1, congelou os preços e salários, demitiu de funcionários públicos, extinguiu órgãos e empresas públicas, novos impostos foram criados e as empresas estatais foram privatizadas, bloqueou 70 % do dinheiro das contas bancárias, poupanças e aplicações financeiras de cada pessoa física e jurídica, esse dinheiro seria restituído após 18 meses em 12 parcelas mensais.
Mas houve algumas acusações de corrupção envolvendo o governo e familiares do presidente, isso obrigou o Congresso a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar tal acusação. E foi mesmo comprovado que havia corrupção por trás do Plano Collor, e conseqüentemente, o presidente também estava envolvido neste esquema.
A sociedade ficou revoltada contra o governo de Collor, e estudantes conhecidos como “caras-pintadas” foram às ruas fazer protestos e exigir o impeachment do presidente.
Diante da pressão social e da gravidade da situação, no dia 29 de agosto de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou o processo de abertura do impeachment e afastou Collor provisoriamente da presidência, sendo substituído pelo vice Itamar Franco.
No dia 29 de dezembro aconteceu o julgamento de Collor pelo Senado, e durante a sessão o presidente anunciou a sua renúncia, tentando evitar o impeachment, mas não adiantou, pois o processo continuou e foi aprovado pelo Senado.
Sendo assim, Collor foi impedido de exercer o cargo de Presidente da República, e durante oito anos teve os seus direitos políticos cassados.