Um olhar sobre a tartaruga-marinha no século XXI
Por Victor Palandi
Por muito tempo se falou que a tartaruga-marinha estava condenada à extinção, especialmente por conta da destruição de seu habitat e também por conta da caça predatória (já que muita gente aprecia sua carne).
Mas a verdade é que anos se passaram e ela resiste bravamente, em grande medida por conta de campanhas de conscientização e por causa de projetos, como o brasileiro TAMAR, que ajudaram na recuperação das suas sete espécies hoje existentes.
No entanto, ainda há pouco o que se comemorar, pois todas estas sete espécies ainda se encontram ameaçadas de extinção, e por este motivo, nós vamos lançar um olhar sobre a tartaruga-marinha no século XXI, para que possamos entender o que o futuro reserva para este animal tão simpático.
Resumo:
As espécies existentes e a sua situação atual
A família da qual a tartaruga-marinha é uma das representantes máximas é a Cheloniidae (quelônios), que também inclui todas as espécies terrestres, como a tartaruga gigante das Galápagos ou os cágados.
Dentre as tartarugas-marinhas, há atualmente sete espécies conhecidas: a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva, a tartaruga-de-kemp, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-marinha-australiana.
Destas, a tartaruga-de-pente e também a tartaruga-de-kemp, assim como a tartaruga-de-couro, são consideradas espécies criticamente ameaçadas ainda nos dias de hoje, mesmo depois de muitos esforços para sua salvação.
A tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva e tartaruga-marinha-australiana constam como espécies ameaçadas, mas que não correm tantos riscos atualmente quanto as outras três espécies citadas anteriormente.
Os problemas
Além da caça indiscriminada que acometeu todas as setes espécies de tartarugas, especialmente por conta do fato de que sua carapaça, sua carne e sua gordura são muito apreciadas e procuradas pelos caçadores, as tartarugas-marinhas também sofrem por conta de suas próprias limitações.
Uma postura de ovos irá dar origem a mais de 100 filhotes, sendo que apenas 1 irá de fato conseguir chegar até o mar e seguir vida até se tornar adulto, o que é terrível para o futuro da espécie.
Aves, peixes e mamíferos acabam se esbaldando no momento da eclosão dos ovos, atacando os filhotes indefesos com uma voracidade que chega a beirar à crueldade.
Além disto, há também os seres humanos, que buscam os ovos de tartaruga, que são considerados iguarias em diversas partes do mundo.
Para completar, há também o perigo das redes de pesca colocadas pelos seres humanos, que acabam por prender diversas tartarugas-marinhas, matando mais de 40 mil por ano.