Nome Científico: Hidra vulgares
Classe: Hydrozoa
Alimentação: A hidra verde, é um cnidário em forma de pólipo, atingindo aproximadamente 2 mm de comprimento. O seu corpo é como se fosse um saco alongado com parede espessa; a parte inferior a princípio estreitada. Se alarga em disco pedal adesivo e a parte superior em cone elevado, apresentando na extremidade um orifício, a boca, em torno da qual há uma coroa de seis a dez tentáculos mais longos que o corpo. Nutre-se de pequenos animais que passam ao alcance de seus tentáculos muito distensíveis e retracteis, com os quais ela paralisa esses animais, através do veneno de seus cnidocistos, e os prendem para transportá-los á boca.
Localização: As hidras verdes vivem em água doce, fria, limpa e geralmente permanente de lagos, tanques e córregos; fixando-se a pedras, gravetos ou vegetações aquáticas. A hidra geralmente é fixa mas pode deslocar-se por deslizamento graças ao seu pé, ou, então executando cambalhotas, fixando-se pela boca e deslocando o disco basal de seu suporte.
Sua manutenção, depois de coletada, é fácil. Folhas velhas e detritos colocados em um recipiente de vidro com pouca água fazem as hidras verdes se deslocarem para superfície. Isso acontece porque, à medida que ocorre a decomposição dos detritos, o teor de oxigênio na água diminui o que força as hidras a se dirigirem para a superfície à procura de luz. E é fácil explicar a atração da hidra pela luz: dentro delas vivem algas verdes microscópicas que necessitam da energia luminosa para a realização da fotossíntese. Essa associação hidra-alga é benéfica para ambas.
A alga fornece oxigênio e alimento orgânico para a hidra que, em troca, oferece residência e gás carbônico para as algas.
Uma associação em que há benefício mútuo é conhecida como mutualismo.
O pólipo de hidra é semelhante a um lápis, em que uma das extremidades se apóia no substrato (base à qual se prendem os animais sedentários ou fixos) e a outra, a ponta, apresenta uma boca rodeada por 6 a 8 tentáculos longos. O tamanho da hidra é variável, chegando a 1,5 cm com os tentáculos distendidos. A cavidade intestinal é conhecida como cavidade gastrovascular e estende-se até os tentáculos que são, assim, ocos.
A hidra é capaz de caminhar pelo substrato. Para isso, ela se utiliza dos tentáculos e da sua base, num mecanismo conhecido como "mede palmos": prende a base, distende o corpo e, a seguir, prende os tentáculos no substrato. Depois, solta a base e fica presa pelos tentáculos. Novamente, fixa a base e solta os tentáculos. A mobilidade apresentada pela hidra sugere a existência de um grau de organização mais complexo que o existente nas esponjas. A locomoção envolve a necessidade de células contráteis, de natureza muscular e uma coordenação, representada por células nervosas. Esses dois tipos de células estão presentes na hidra, e em todos os representantes deste filo.
Um exame na organização da parede do corpo da hidra revela a existência de tecidos complexos formados por diferentes tipos de células, organizadas em duas camadas: uma interna, forrando a cavidade digestiva, e a outra externa, de relação com o meio. Entre as duas existe uma camada gelatinosa, a mesogléia, que não chega a constituir um tecido e serve como mecanismo de suporte, algo parecido com um esqueleto.
Na parede externa, destacam-se dois tipos celulares: as células mioepiteliais (que, como o nome diz, servem como células musculares e de revestimento ao mesmo tempo), e os cnidoblastos. As células mioepiteliais possuem filamentos contráteis na base e servem à locomoção. Os cnidoblastos são células dotadas de um cílio na sua porção livre e de uma vesícula interna, o nematocisto, contendo um filamento enovelado. Quando o cílio é excitado, o cnidoblasto funciona como uma verdadeira mina explosiva: o filamento é bruscamente liberado, juntamente com uma substância irritante, uma toxina, que paralisa as presas.
A hidra se reproduz por via assexuada e sexuada.
• Assexuada (Brotamento) – no terço inferior da hidra se eleva um divertículo da parede que compreende as duas camadas celulares. Este broto cresce , e próximo de sua extremidade aparece os tentáculos , dispostos em círculos, por evaginações dos tecidos . A boca abre-se por afastamento das células e assim constitui-se uma pequena hidra que comunica na base com a primeira. Ordinariamente ela se separa estrangulando seu pé, indo fixar-se em qualquer lugar; mas quando os alimentos faltam, os indivíduos não se separam e formam uma pequena colônia.
• Sexuada – a hidra verde é hermafrodita, isto é, possui gametas masculino e feminino; porém em outras espécies de HIDRAS, os sexos são separados, existindo machos, que desenvolvem testículos e fêmeas que desenvolvem ovários. No caso da hidra verde, os testículos aparecem logo abaixo dos tentáculos, e os ovários desenvolvem-se na metade inferior do corpo, isto é, perto da base. Tanto os ovários como os tentáculos formam pequenas saliências na ectoderme.
Quando o óvulo amadurece. Parte-se a ectoderme que o recobre, mas o óvulo continua aderido ao corpo do animal por meio de uma secreção viscosa. Também o ápice do tentáculo sai parte ao amadurecem os espermatozóides que são libertados e nadam a procura de um óvulo. Após a fecundação, o ovo se envolve por uma camada resistente, se destaca do animal afundando na água. O embrião formado no interior da casca, mais tarde é liberado, constituindo-se num indivíduo que é diferente do adulto apenas na ausência de testículos ou ovários. Nota: não apresenta estágio larval.