Animais possuem respirações diferenciadas
Por Mariana Sousa
Respirar é um ato mais do que precioso. Não é um simples troca gasosa pela qual os seres vivos naturalmente se adaptam. Ganhar oxigênio e eliminar gás carbônico requer atenção e pode ser decisivo até mesmo para melhorar a eficiência cerebral. Quando obtemos oxigênio por meio da nossa respiração, vamos usá-lo em outras células do corpo e as tais células agradecem imensamente. Por quê? Pelo simples fato de que oxigenadas elas conseguem nos devolver energia.
Mas, será que todos os seres vivos respiram de uma única maneira? Não! Cada espécie pode ter a sua forma diferenciada. Em determinados seres mais complexos haverá estruturas específicas para a captação de oxigênio. Alguns animais fazem esse acumulo por meio da pele, traqueia, pulmão ou brânquias.
Resumo:
O que marca cada respiração?
Cutânea: as respirações que ocorrem na pele são chamadas de cutâneas. A superfície corporal tem um mecanismo específico de difusão. O animal que desenvolve essa respiração vai ter um tecido epidérmico vascularizado. Trocando em miúdos: muitos vasos sanguíneos! É o caso do platelminto, nematóide, moluscos, anfíbios e anelídeos. No caso dos anfíbios, também é importante dizer que a respiração cutânea vai surgir apenas como complementaridade. Por que isso ocorre? Justamente pelo fato dos anfíbios desenvolverem os pulmões na fase adulta.
Traqueal: mais observada entre os artrópodes, popularmente conhecidos como insetos. Ocorre por meio de troca gasosa a partir de tubos ocos. Eles estão ramificados ao longo do corpo do animal em diferentes traqueias. A traqueia é uma estrutura que se comunica com o ambiente externo por meio do espiráculo. Na respiração traqueal o ar penetra no organismo do inseto e se expande por todas as traqueias. Assim, chega a diferentes células do organismo, sem necessariamente envolver o sistema circulatório.
Filotraqueal: como o próprio nome indica, tem semelhanças com a traqueal. É mais observada entre os aracnídeos. As estruturas das filotraqueias são formadas por pulmões policáceos. São lâminas em que se observam a circulação da hemolinfa. Em meio a esse aparato estrutural ocorrem as trocas gasosas.
Branquial: específica para animais que vivem nas águas. É um tipo de troca gasosa que ocorre na região da brânquia. Nessa, com formato de lâminas, observamos um elevado tecido vascularizado. No caso dos peixes, por exemplo, o líquido entra pela boca e sai pelas diversas fendas branquiais. Nessa passagem podemos observar o oxigênio da água preenchendo o interior dos vasos de sangue. Já o gás carbônico é expelido para a região externa.
Pulmonar: muito comum entre os animais terrestres, inclusive nós, os humanos. É toda organizada a partir de uma estrutura complexa chamada de pulmão. Tal estrutura vai ser formada por uma bolsa enorme de ar com muita vascularização. Essa boca fica no local estratégico e vai fazendo todo o movimento da entrada do oxigênio e saída do gás carbônico.
Como vocês lidam com as respectivas respirações? Quando percebem a sua importância? Já passaram por algum episódio que demonstrou a importância dessa ferramenta em sua vida? Conte sua experiência para nós ou esclareça suas dúvidas!