As adaptações sofridas pelos caules
Saiba como são essas mudanças
Por Mariana Sousa
Na estrutura do vegetal, o caule é uma das peças mais importantes. É nele que ficam estruturadas as folhas e as raízes. O caule também é o responsável pelas trocas de substâncias orgânicas entre tais órgãos.
Há espécies de vegetais que, ao longo de seu processo evolutivo, precisaram se adaptar às regiões onde viviam. Assim, conseguiram sobreviver. Essa adaptação envolveu alguns processos de mudanças no próprio caule. O surgimento dos espinhos é, por exemplo, um tipo de adaptação.
Em síntese, um espinho é uma estrutura resistente, de pontas afiadas, que serve para proteger o vegetal. Dessa forma, os espinhos afastam os possíveis riscos à planta.
De acordo com os especialistas, o espinho de uma roseira é o seu acúleo, que não necessariamente é um tipo de caule. No caso dos acúleos, a epiderme do vegetal da planta não vai possuir vasos condutores de seiva.
Eles também não possuem um local fixo no caule, podendo aparecer até mesmo nas axilas das folhas. São encontrados em diversas plantas, como por exemplo, os limoeiros e laranjeiras. A principal função de um espinho é garantir proteção à planta.
Resumo:
Gavinhas
Um segundo tipo de adaptação observado em alguns vegetais é chamado de gavinhas. Podem ser observadas com maior frequência em um tipo específico de planta: a trepadeira.
A gavinha cresce primeiramente em linha reta. Depois, encontram suportes e ficam enroladas e fixas. É possível observar esse tipo de adaptação em vegetais como o chuchu, videira e maracujás. Uma característica peculiar da gavinha é o fato dela se enrolar em qualquer tipo de suporte que encontrar pela frente.
Cladódios
Você já conheceu as características das gavinhas e dos espinhos, agora vai saber detalhes de uma adaptação com nome bastante peculiar: cladódio.O cladódio é mais fácil de ser encontrado em plantas que sofreram perdas de folhas durante o processo evolutivo.
O cladódio surge, nesse caso, como uma alternativa para evitar que a planta perca água para o meio em que vive. Ele é mais observado especialmente nas regiões onde se observa um clima mais seco.
Com uma maior quantidade de cladódios se comparada à quantidade de folhas, a planta consegue avançar na economia de água. Assim, não há perdas por conta da evaporação. O cladódio é um pouco parecido com as folhas e costumeiramente aparecem na cor verde. O formato é um pouco achatado, com espinhos parecidos aos dos cactos. De acordo com especialistas, alguns cladódios são tão essenciais que chegam a acumular água em seu interior.
Especialmente no Brasil, onde em determinadas regiões o convívio com a seca chega a ser traumático, cresce a importância dos vegetais com caules adaptados. É o caso dos cactos do sertão e de regiões do semiárido em que os próprios animais se alimentam de plantas.
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