Teatrólogo brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes – UNE, e do Grupo Opinião. Filho do teatrólogo, radialista e cineasta Oduvaldo Viana, iniciou o curso de arquitetura em São Paulo, SP, mas abandonou os estudos para se dedicar ao teatro e desde então participou dos mais importantes grupos de teatro da época, como o Teatro Paulista do Estudante (1954-1955).
Estreou no teatro (1955), atuando como ator na peça Rua da Igreja, de Lennox Robinson, e fundou um curso de teatro com Gianfrancesco Guarnieri (1956) e participou do Teatro de Arena (1955-1960). Criou o Seminário de Dramaturgia (1957), com Augusto Boal, e no mesmo ano, escreveu sua primeira peça, Chapetuba Futebol Clube. Voltou em definitivo para o Rio de Janeiro (1960), criou o Centro Popular de Cultura da UNE (1960-1963) e se destacou como um autor de peças de análise da realidade político-social brasileira e de crítica à sociedade de consumo.
Também trabalhou como ator de teatro e cinema e, como autor de televisão, onde fez grande sucesso com a série humorística A grande família, na Rede Globo de Televisão (1973), com Armando Costa. Ganhou o Prêmio Molière (1966) e o prêmio do Serviço Nacional de Teatro (1975). |
Entre suas peças citam-se Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come (1966), Mão na Luva (1966), Papa Highirte (1968), A longa noite de cristal (1971), Corpo a corpo (1971), Em família (1972), Allegro desbum (1973) e Rasga coração (1974), sua última peça, concluída no leito de morte.
Por causa do conteúdo político, muitas de suas peças são proibidas pela censura do regime militar (1964) e morreu no Rio de Janeiro em 16 de Julho (1974). Viveu apenas 38 anos, tempo suficiente para ser reconhecido como um dos maiores nomes da história da dramaturgia brasileira, mas não viu encenadas duas de suas principais peças, vetadas pela censura: as postumamente premiadas Papa Highirte (1968), só é montada onze anos depois, e Rasga Coração (1974), imediatamente censurada.