Marechal aliado nascido em Tarbes, nos Hautes-Pyrenees, França, um dos responsáveis pela vitória dos aliados sobre a Alemanha, na primeira guerra mundial. De pequeno despertou seu interesse pelas armas e aos 18 anos, ingressou numa escola jesuíta em Metz e começou a se preparar para o exame de admissão na Escola Politécnica. Lutou na guerra franco-prussiana (1870-1871) e com derrota da França e a ocupação de Metz pelos alemães, decidiu se dedicar à carreira militar (1871) e tornou-se oficial de artilharia. Exerceu diversos comandos e ingressou na Ecole de Guerre (1885). Dez anos depois, tornou-se professor de tática e 12 anos mais tarde, já general, assumiu a direção dessa famosa escola (1907-1911).
Tinha 63 anos quando começou a primeira guerra mundial e, na coordenação dos esforços conjuntos dos exércitos da França, Reino Unido e Bélgica, foi o principal responsável pelas primeiras vitórias dos aliados. Chefe da equipe do Ministério da Defesa, em Paris, defendeu a tese da união de todos os exércitos sob um comando único. Em abril (1918) os primeiros-ministros do Reino Unido, David Lloyd George, e da França, Georges Clemenceau, nomearam-no comandante das forças aliadas na frente ocidental e começou então a preparar a ofensiva que acabaria levando os aliados à vitória, em 11 de novembro do mesmo ano, e o consagrou como grande comandante militar. Eleito para a Academia Francesa (1918), não se recusou pela política e dedicou os últimos anos de vida a escrever suas memórias de guerra, publicadas postumamente. O marechal resumiu suas idéias nas obras Des principes de la guerre (1903) e De la conduite de la guerra (1904), morreu em Paris e foi sepultado junto ao túmulo de Napoleão, no Panteão.