Wolfgang Paul
Por Redação
(1913 – 1993)Físico saxônico nascido na pequena vila de Lorenzkirch, um dos Prêmio Nobel de Física (1989) por inventar a armadilha de Paul, um dispositivo para capturar átomos eletricamente carregados para estudos com precisão, juntamente com o germânico-americano Hans G. Dehmelt, da University of Washington, Seattle, WA e também dividido com o norte-americano Norman F. Ramsey, da Harvard University, Cambridge, MA. Filho de Theodor e Elisabeth Ruppel Paul, uma descendência tradicional de ministros luteranos, cresceu em München onde seu pai tornou-se professor universitário de química farmacêutica.
Estudou química e medicina e tornou-se estudante pesquisador em Leipzig sob a orientação de Wilhelm Ostwald, Prêmio Nobel de Química (1909). Após cursar o nível ginasial em München, onde estudou latim, história e filosofia, decidiu se tornar um físico, graças a influência de Arnold Sommerfeld, um colega universitário de seu pai. Entrou no Technische Hochschule Munchen (1932) e, depois, no Technische Hochschule in Berlin (1934), onde passou a receber orientação de professor Hans Kopfermann. Após diplomado por Hans Geiger (1937), seguiu com Kopfermann para a Universidade de Kiel, onde tornou-se Professor Auxiliar e começou a escrever sua tese de doutorado sobre o momento nuclear do berílio. Doutor (1940) foi dispensado do serviço militar já em plena guerra. Mudou-se para Göttingen e tornou-se Privatdozent da universidade local (1944), onde se dedicou ao estudo sobre espectrometria e separação de isótopos com W. Walcher. Neste período tomou conhecimento das experiências desenvolvidas pela Siemens americana sobre a criação do betatron e, imediatamente, junto com Kopfermann, iniciaram o desenvolvimento de estudos sobre a estrutura das cargas do núcleo Nomeado professor na Universidade de Bonn (1952), onde se tornou diretor do Instituto de Física e criou o Laboratório Nacional da Alemanha, o DESY (1957), em Hamburgo.
Após um ano em Genebra (1959), foi diretor da divisão de física nuclear (1964 -1967) e tornou-se membro e, mais tarde, chairman do Scientific Policy Committee e por muitos anos delegado da Alemanha no CERN-Council e do European Committee for Future Accelerators. Ganhou premiações nas universidades de Harvard (1970) Chicago e Tóquio (1978) e tornou-se professor emérito da universidade de Bonn (1981), cidade onde morreu. Eleito presidente da Fundação Alexander von Humboldt (1980), entre as várias honrarias com foi distinguido ao longo de sua vida destacaram-se a Grosses Verdienstkreuz mit Stern der Bundesrepublik Deutschland, Dr. fil. h.c. University Uppsala, Dr.rer.nat.h.c. Technische Hochschule Aachen, Robert-Wichard-Pohl-Preis der Deutschen Physikalischen Gesellschaft, Medalha de Ouro da Academia de Ciências de Praga. Também foi membro da Deutsche Akademie der Naturforscher Leopoldina, da Akademie der Wissenschaften in Düsseldorf, Heidelberg und Göttingen, Orden Pour le Mérite fur Wissenschaft und Künste, Vice-chancelor para Ciências, Honorário da DESY, Hamburgo, e Honorário da KFA, Jülich.