Stanislao Cannizzaro
Por Redação
Químico italiano nascido em Palermo, pioneiro no desenvolvimento da teoria atômica moderna, cujas exposições foram fundamentais para a classificação dos elementos em termos de seus pesos atômicos. Estudou em Palermo e Nápoles (1845) e neste ano iniciou os estudos de química em Pisa, como assistente de Rafaelle Piria, descobridor do ácido salicílico. Após participar da revolução siciliana (1848) foi forçado a se exilar em Marselha, de onde partiu para Paris. Durante sua permanência na capital francesa (1849-1851), trabalhou em um laboratório, manteve contato com químicos nacionais e prosseguiu suas pesquisas científicas.
Atendendo a um convite do governo piemontês (1851), retornou à Itália para ensinar química em um instituto de Alessandria, onde descobriu a reação hoje conhecida como reação de Canizzaro, de fundamental importância no estudos dos aldeídos e dos álcoois. Descobriu o álcool benzílico e a cianamida. Tornou-se professor na Universidade de Gênova (1855), onde demonstrou a importantíssima diferença entre peso atômico e peso molecular. Voltou a ensinar química mineral e orgânica na Universidade de Palermo (1861) e na Universidade de Roma (1871) e ali, no mesmo ano, foi eleito senador.
Por suas valiosas contribuições para o desenvolvimento da teoria atômica, a Royal Society concedeu-lhe a medalha Copley (1891). Especialista na determinação de calor específico e densidades de vapor, seus estudos para determinação dos pesos atômicos dos elementos e de compostos foram básicos para as teorias de Avogadro, e morreu em Roma. Seu trabalho contribuiu para a formação de várias gerações de químicos italianos. Suas teses despertaram a atenção do mundo científico e foram universalmente consagradas.